Dupla de militares da Marinha é condenada a mais de 20 anos por morte de policial civil; terceiro acusado foi absolvido

Penas, somadas, chegam a quase 50 anos de prisão. Lourival e Bruno, pai e filho, donos de um ferro-velho na Mangueira
Reprodução
Dois militares da Marinha acusados de matar um policial civil após uma briga em um ferro-velho foram condenados a mais de 20 anos de prisão em um júri popular na semana passada. Um terceiro militar foi absolvido de todas as acusações e o pai de um dos envolvidos foi parcialmente absolvido e cumprirá pena em liberdade.
Os três militares foram julgados por homicídio qualificado, fraude processual e concurso de pessoas. O pai do militar Bruno também era acusado de envolvimento. As penas, somadas, passam de 40 anos. Veja:
Bruno Santos de Lima era acusado de ser o executor do homicídio. Ele foi condenado por homícidio qualificado, com apenas uma qualificadora, com pena final de 25 anos;
Manoel Vítor da Silva Soares foi condenado por homícidio qualificado, com apenas uma qualificadora, com pena final de 24 anos;
Lourival Ferreira de Lima, pai de Bruno, foi absolvido da acusação de homicídio mas condenado por fraude processual. A condenação foi de 6 meses de prisão, mas pela pena ser curta e ele ter mais de 70 anos, ele irá responder em liberdade.
Daris Fidélis Motta foi o único absolvido de todas as acusações. A defesa de Daris afirma que " ao tempo certo, será estudado a viabilidade de reitegração na Marinha do Brasil e seus consectários legais."
Relembre o caso
Renato, que era perito da Polícia Civil, foi morto em maio de 2022 depois de investigar e ir atrás dos responsáveis por receptar material roubado de sua obra em um ferro-velho.
Renato Couto de Mendonça, perito morto após discussão
Reprodução
Os envolvidos eram os militares da Marinha Bruno Santos, Daris Fidélis e Manoel Vítor. O pai de Bruno, o civil, Lourival Ferreira de Lima, também participou do crime.
Na denúncia, o MP relata que Bruno Santos de Lima atirou três vezes no policial Renato, e contou com a ajuda dos outros militares para transportar o corpo de Renato e jogá-lo no Rio Guandu, na altura de Japeri, na Baixada Fluminense.
Vídeo: acusado por morte de policial civil no Rio é preso em alojamento da Marinha
Lourival participou do crime recolhendo as cápsulas deflagradas no local dos disparos, com o intuito de induzir ao erro da perícia criminal. A mesma prática foi observada nos outros três denunciados, que lavaram os vestígios de sangue existentes na van utilizada para transportar o corpo da vítima.
“Além de terem imobilizado a vítima, ainda a agrediram, efetuaram três disparos de arma de fogo, a colocaram dentro de uma van, levando-a até o Arco Metropolitano para atirá-la de cima de uma ponte no Rio Guandu, sabidamente caudaloso. Portanto, não resta dúvida que os réus agiram, exclusivamente, com a intenção de matar, não apenas de se defender”, destaca um dos trechos da denúncia do MP.
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Dois militares da Marinha acusados de matar um policial civil após uma briga em um ferro-velho foram condenados a mais de 20 anos de prisão em um júri popular na semana passada. Um terceiro militar foi absolvido de todas as acusações e o pai de um dos envolvidos foi parcialmente absolvido e cumprirá pena em liberdade.
Os três militares foram julgados por homicídio qualificado, fraude processual e concurso de pessoas. O pai do militar Bruno também era acusado de envolvimento. As penas, somadas, passam de 40 anos. Veja:
Bruno Santos de Lima era acusado de ser o executor do homicídio. Ele foi condenado por homícidio qualificado, com apenas uma qualificadora, com pena final de 25 anos;
Manoel Vítor da Silva Soares foi condenado por homícidio qualificado, com apenas uma qualificadora, com pena final de 24 anos;
Lourival Ferreira de Lima, pai de Bruno, foi absolvido da acusação de homicídio mas condenado por fraude processual. A condenação foi de 6 meses de prisão, mas pela pena ser curta e ele ter mais de 70 anos, ele irá responder em liberdade.
Daris Fidélis Motta foi o único absolvido de todas as acusações. A defesa de Daris afirma que " ao tempo certo, será estudado a viabilidade de reitegração na Marinha do Brasil e seus consectários legais."
Relembre o caso
Renato, que era perito da Polícia Civil, foi morto em maio de 2022 depois de investigar e ir atrás dos responsáveis por receptar material roubado de sua obra em um ferro-velho.
Renato Couto de Mendonça, perito morto após discussão
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Os envolvidos eram os militares da Marinha Bruno Santos, Daris Fidélis e Manoel Vítor. O pai de Bruno, o civil, Lourival Ferreira de Lima, também participou do crime.
Na denúncia, o MP relata que Bruno Santos de Lima atirou três vezes no policial Renato, e contou com a ajuda dos outros militares para transportar o corpo de Renato e jogá-lo no Rio Guandu, na altura de Japeri, na Baixada Fluminense.
Vídeo: acusado por morte de policial civil no Rio é preso em alojamento da Marinha
Lourival participou do crime recolhendo as cápsulas deflagradas no local dos disparos, com o intuito de induzir ao erro da perícia criminal. A mesma prática foi observada nos outros três denunciados, que lavaram os vestígios de sangue existentes na van utilizada para transportar o corpo da vítima.
“Além de terem imobilizado a vítima, ainda a agrediram, efetuaram três disparos de arma de fogo, a colocaram dentro de uma van, levando-a até o Arco Metropolitano para atirá-la de cima de uma ponte no Rio Guandu, sabidamente caudaloso. Portanto, não resta dúvida que os réus agiram, exclusivamente, com a intenção de matar, não apenas de se defender”, destaca um dos trechos da denúncia do MP.
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