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PM que confessou matar esposa é condenado a 21 anos de prisão após 12 anos solto; 'Caixão que nunca foi fechado', diz filho da vítima

PM que confessou matar esposa é condenado a 21 anos de prisão após 12 anos solto; 'Caixão que nunca foi fechado', diz filho da vítima
Crime aconteceu em 2013, em Paulista, no Grande Recife. Filhos da vítima estavam dormindo no quarto ao lado quando policial matou esposa. PM que confessou matar esposa é condenado a 21 anos de prisão após 12 anos solto
Foi condenado a 21 anos, 10 meses e 15 dias de prisão o policial militar da reserva Dário Ângelo Lucas da Silva, que matou a própria esposa em Paulista, no Grande Recife (veja vídeo acima). O crime aconteceu em 2013 e, há 12 anos, o criminoso estava solto, mesmo tendo confessado o assassinato. Ele foi até mesmo promovido pela Polícia Militar ao ser aposentado.
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A vítima foi Yana Luiza Moura de Andrade, que tinha 30 anos quando foi assassinada pelo marido. Os filhos dela, de outro relacionamento, estavam dormindo no quarto ao lado. Um deles foi quem encontrou a mãe morta na cama.
Dário tinha 39 anos na época e, atualmente, tem 51 anos. Ele era capitão da PM e, ao ser posto na reserva, foi promovido a major. O casal morava no Sertão e estava de passeio no Grande Recife, na casa da mãe do criminoso. Yana foi morta com dois tiros na cabeça.
Depois de cometer o crime, Dário se apresentou ao Centro de Reeducação da Polícia Militar de Pernambuco (Creed), confessando o crime. Ele ficou preso por três meses, até abril de 2013.
Parentes e amigos da vítima viajaram de Ouricuri, no Sertão, até o Grande Recife para acompanhar o julgamento, que aconteceu no Fórum de Paulista. Eles levaram faixas e camisas com a foto da vítima.
Filho de Yana, o estudante Arthur Moura tinha 7 anos quando a mãe foi assassinada. Ele contou que os 12 anos de espera pelo julgamento foram marcados pelo sentimento de impunidade.
"É um caixão que nunca foi fechado, e agora temos a chance de fechar e dar um ponto final nessa história. Ela vai estar sempre no nosso coração, sempre esteve, mas agora a gente pode terminar essa história e recordar dela da melhor forma possível", contou.
Yana Luiza Moura foi morta pelo PM Dário Ângelo Lucas da Silva
Reprodução/WhatsApp
Arthur disse, também, que enquanto a família sofria pela falta de resposta da Justiça, Dário cursou direito, foi aceito na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e, até hoje, já atuou em mais de 100 processos.
"Foram 12 anos muito intensos, tristes, de muita incerteza e dor. Nossa família se destruiu depois da morte da minha mãe. É, no mínimo, revoltante saber de tudo que aconteceu e todos os privilégios que ele teve, enquanto nossa família estava sofrendo. Ficou preso por três meses. Depois disso, foi solto e está em liberdade até agora. Teve a OAB aceita e está advogando, tem mais de 130 processos. O sentimento é que a Justiça é muitas vezes muito leniente", afirmou o filho da vítima.
Durante o julgamento, o réu confessou ter matado Yana Luiza Moura de Andrade. Ele relatou o que aconteceu na noite do crime e disse que não responderia perguntas do Ministério Público, responsável pela acusação.
Dário foi condenado pelo crime de homicídio qualificado. Na época em que o crime aconteceu, ainda não existia a tipificação de feminicídio, que é quando uma mulher é morta pela condição de gênero. Por isso, esse agravante não pode ser aplicado, já que a lei não retroage contra o réu.
O estudante Heitor Moura, primo da vítima, contou que, segundo perícias, Yana sofria agressões anteriormente. Ele disse que espera que o caso dela não se repita.
"São 12 anos de espera, de invisibilidade, não só de Yana, mas de toda a minha família. Da dor da minha tia Rosa, dos meus primos que cresceram e passaram mais tempo sem a mãe que com a mãe. É uma injustiça que não tem nome que possa descrever", afirmou.
Parentes pedem justiça pelo assassinato de Yana Luiza Moura de Andrade, morta pelo marido PM
Reprodução/TV Globo
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