Depressão, ansiedade e burnout: qual o impacto de plantões exaustivos na saúde mental de alunos de Medicina

Estudantes da Unoeste de Guarujá (SP) denunciaram as condições de internato em que são submetidos. Especialistas em saúde mental alertaram para os riscos de turnos extensos em hospitais. Estudantes de medicina dormem no chão e denunciam plantões abusivos no internato
Plantões extensos em hospitais durante o internato de estudantes de Medicina, como os turnos abusivos denunciados por alunos da Universidade do Oeste Paulista (Unoeste) de Guarujá, no litoral de São Paulo, podem desencadear uma série de problemas relacionados à saúde mental dos universitários. Ao g1, especialistas explicaram os principais riscos.
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De acordo com alunos de Medicina da Unoeste, a universidade não oferece a infraestrutura adequada para o estágio necessário no Hospital Santo Amaro. Eles contaram que chegaram a dormir no chão em meio aos plantões de até 24 horas em que foram submetidos, sem tempo ou local para descanso (entenda mais abaixo).
Mestre em Saúde Coletiva e professor universitário, o médico psiquiatra Fellipe Miranda Leal informou ao g1 que estudantes de Medicina em regime de internato, de maneira geral, já estão em uma difícil posição, pois realizam o trabalho de médico com supervisão.
“Essa difícil posição de ‘treinamento em serviço’ pode ser agravada quando há o entendimento que o aluno de medicina no internato deve ser treinado a passar por condições extremamente adversas, como plantões exaustivos”, afirmou o especialista.
Exaustão, burnout, depressão e ansiedade
De acordo com o psicólogo Danilo Suassuna, é necessário estar atento aos sinais de problemas emocionais em quem se submete a plantões extensos. “Tem que tomar cuidado porque a longa jornada, às vezes, vai causar exaustão emocional e burnout”, afirmou.
Ao g1, o especialista disse que universitários também podem desenvolver transtornos de humor.
“A gente tem um artigo publicado em que 27% dos alunos apresentam sintomas depressivos. Óbvio que a gente vai ter déficit cognitivo e, numa outra polaridade, a gente vai ter isolamento social, porque vai ficar sobrecarregado com essa questão do trabalho”, esclareceu.
A psicóloga Luciana Nakai diz que outras questões tambpem contribuem para um quadro de sobrecarga mental. “A alta exigência da grade curricular, competição entre os colegas e a necessidade de conciliar os estudos e o trabalho para cobrir os custos, têm aumentado de maneira significativa os transtornos mentais, principalmente, depressão e ansiedade”.
O que fazer?
O médico Fellipe Miranda Leal reconhece que as atividades em formato de plantões são importantes para a formação dos universitários mas, para evitar o sofrimento psíquico, os alunos devem ter a assistência e supervisão necessária.
"Alunos de Medicina já caracterizam uma amostra de maior prevalência de problemas da saúde mental. Cabe assim aos cursos de medicina estarem constantemente reavaliando as condições dos plantões propostos”, afirmou.
Além da supervisão acolhedora, segundo Danilo Suassuna, o ideal é que o trabalho não ultrapasse 48 horas semanais e que os estudantes tenham um tempo de descanso. "A gente tem que ter esse período de repouso adequado, ambiente escuro, como a gente já conhece”, afirmou, dizendo ainda que sente falta de apoio psicológico institucional nos internatos.
"Eu sugeriria para os professores um grupo de escuta e, quem sabe, uma supervisão emocional”, afirmou. Segundo ele, os alunos de Medicina não sofrem somente com cargas horárias extensas, mas também por tudo que vivenciam em hospitais. "A gente tem óbitos em todas as áreas da Medicina, então lidar com o óbito, lidar com a família, todas essas vivências são muito pesadas”.
Estratégias
Segundo a psicóloga Luciana Nakai, é fundamental que as universidades tenham estratégias de enfrentamento para a sobrecarga mental dos estudantes. Algumas alternativas para isso são: revisão da grade curricular, implantação de horários livres para descanso, oferta de apoio psicológico na instituição
Em meio a esse cenário, a especialista orienta os alunos a buscarem apoio dos amigos e a prática de atividade física.
“É primordial um tempo para cuidar da saúde mental, ponderando a quantidade de plantões. Senão, o adoecimento será mais custoso que o benefício financeiro”.
Estudantes de Medicina denunciam condições de internato da Unoeste Guarujá (SP)
Arquivo Pessoal
Denúncias
Ao g1, universitários da Universidade do Oeste Paulista (Unoeste), em Guarujá, afirmaram que são submetidos a plantões exaustivos e abusivos de trabalho no Hospital Santo Amaro. De acordo com eles, a universidade não oferece a infraestrutura adequada para que os alunos façam o estágio necessário no centro obstétrico do Hospital Santo Amaro.
Os estudantes contaram que foram submetidos a plantões de até 24 horas, sem tempo ou local para descanso.
"A gente passou por vários médicos, por várias condições deploráveis. A gente foi obrigado a dormir no chão, entre outras coisas erradas que a gente via dentro do hospital e tinha que compactuar", denunciou um universitário, que preferiu não ser identificado.
Segundo ele, os alunos se revezavam durante a madrugada para descansarem. Senão, eles corriam o risco de reprovar na disciplina. "Nunca teve horário fixo de descanso, uma hora determinada. O que tivesse que acontecer no hospital, a gente tinha que estar lá em cima", revelou.
O estudante contou ainda que a coordenação do curso não mantém boa comunicação para tratar do assunto com os alunos. "A nossa carga é super mais elevada, muito maior e mais desgastante do que qualquer outra faculdade [...]. Fora isso, tentam implementar mudanças durante a gestão. Você assina o contrato, como vai ser a forma de avaliação, e vira e mexe, eles mudam durante o decorrer do curso".
Outro universitário afirmou que os estudantes são submetidos a mais de 60 horas semanais de trabalho e os orientadores do internato já chegaram a reclamar até dos horários de almoço dos alunos.
Alunos denunciam condições de internato da Unoeste Guarujá no Hospital Santo Amaro
Arquivo Pessoal
O que diz a universidade?
Em nota, a Unoeste afirmou que as alegações envolvendo os estágios do internato são “infundadas e decorrem da insatisfação de um estudante que, não atingindo os critérios mínimos exigidos para aprovação, passou a disseminar informações inverídicas e ofensivas à integridade institucional”.
Segundo a instituição, a universidade foi classificada como “a melhor universidade particular do estado de São Paulo”, na avaliação do Ministério da Educação (MEC), “A qualidade do ensino, a seriedade dos processos pedagógicos e o compromisso com a formação ética e técnica dos nossos alunos são pilares inegociáveis da nossa atuação”.
A Unoeste ainda garantiu que as escalas de plantões “estão em conformidade com a regulamentação vigente, com a obrigatoriedade de folga após o plantão noturno e períodos destinados às refeições e descanso”.
“A Unoeste, em parceria com o Hospital Santo Amaro, organizou toda a estrutura necessária para garantir condições adequadas aos estudantes durante os estágios do internato. Nos alojamentos, são disponibilizadas camas para que os internos descansem adequadamente. Além disso, o hospital possui uma Diretoria de Ensino responsável por coordenar e supervisionar as atividades dos alunos, com profissionais sempre disponíveis para atender às suas necessidades”, diz a nota.
O que diz o hospital?
Também em nota, o Hospital Santo Amaro afirmou que possui compromisso em proporcionar bons ambientes de trabalho e descanso para os médicos e estudantes de Medicina. "Como parceiros da Unoeste na formação dos alunos, o diálogo entre as instituições é amplo e permanente, o que garante que as necessidades e sugestões dos estudantes sejam atendidas".
Acusação de falsidade ideológica
Roberto Fakhoure, de 43 anos, estudante de Medicina de Guarujá, no litoral de São Paulo, acusa a Universidade do Oeste Paulista (Unoeste) de falsidade ideológica. Ele alega que teve a assinatura falsificada em um documento após questionar a reprovação em uma disciplina. Ao g1, ele afirma ter contratado uma perícia técnica particular que comprovou a falsificação.
Roberto Fakhoure, de 43 anos, questiona reprovação em disciplina de faculdade de Medicina, em Guarujá (SP)
Arquivo Pessoal
O aluno registrou um boletim de ocorrência por falsidade ideológica na Polícia Civil e, ao lado do advogado Michael de Jesus, pretende denunciar o caso na Justiça. Ele segue reprovado e, por isso, não poderá participar da colação de grau com a turma no fim deste mês.
Ao g1, Roberto disse que não conseguiu recorrer da reprovação porque teve a assinatura falsificada na ata de uma reunião sobre a nota que o reprovou em uma disciplina em 2023. No documento, constava que o estudante havia entendido os motivos da reprovação e aceitado tal decisão.
No entanto, o aluno garantiu que não assinou nenhum termo com esse teor. Roberto confirmou ter participado de uma reunião na data do documento, mas ressaltou que nunca concordou com a reprovação.
Segundo o relato, ele descobriu que não teria como entrar com um recurso sobre a dependência (DP) na disciplina quando procurou o conselho do campus principal da Unoeste, no interior de São Paulo, e foi informado de que havia concordado com a reprovação na reunião em Guarujá.
De acordo com o advogado, o estudante negou ter aceitado a nota e pediu a ata da reunião, mas só recebeu o documento no fim do ano seguinte (2024), quando não reconheceu a assinatura. Em 2025, ainda segundo o profissional, uma perícia comprovou que a assinatura foi falsificada no termo.
O advogado disse que desconfia de que a reitoria de Guarujá tenha armado a situação para impedir que o cliente recorresse da reprovação no campus do interior paulista e denunciasse as condições de internato oferecidas no litoral.
Em nota, a Unoeste informou que está apurando as informações, mas destacou que “não compactua com qualquer prática que viole a ética acadêmica”.
Perícia técnica comprovou falsificação em assinatura de Roberto
Reprodução
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Plantões extensos em hospitais durante o internato de estudantes de Medicina, como os turnos abusivos denunciados por alunos da Universidade do Oeste Paulista (Unoeste) de Guarujá, no litoral de São Paulo, podem desencadear uma série de problemas relacionados à saúde mental dos universitários. Ao g1, especialistas explicaram os principais riscos.
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De acordo com alunos de Medicina da Unoeste, a universidade não oferece a infraestrutura adequada para o estágio necessário no Hospital Santo Amaro. Eles contaram que chegaram a dormir no chão em meio aos plantões de até 24 horas em que foram submetidos, sem tempo ou local para descanso (entenda mais abaixo).
Mestre em Saúde Coletiva e professor universitário, o médico psiquiatra Fellipe Miranda Leal informou ao g1 que estudantes de Medicina em regime de internato, de maneira geral, já estão em uma difícil posição, pois realizam o trabalho de médico com supervisão.
“Essa difícil posição de ‘treinamento em serviço’ pode ser agravada quando há o entendimento que o aluno de medicina no internato deve ser treinado a passar por condições extremamente adversas, como plantões exaustivos”, afirmou o especialista.
Exaustão, burnout, depressão e ansiedade
De acordo com o psicólogo Danilo Suassuna, é necessário estar atento aos sinais de problemas emocionais em quem se submete a plantões extensos. “Tem que tomar cuidado porque a longa jornada, às vezes, vai causar exaustão emocional e burnout”, afirmou.
Ao g1, o especialista disse que universitários também podem desenvolver transtornos de humor.
“A gente tem um artigo publicado em que 27% dos alunos apresentam sintomas depressivos. Óbvio que a gente vai ter déficit cognitivo e, numa outra polaridade, a gente vai ter isolamento social, porque vai ficar sobrecarregado com essa questão do trabalho”, esclareceu.
A psicóloga Luciana Nakai diz que outras questões tambpem contribuem para um quadro de sobrecarga mental. “A alta exigência da grade curricular, competição entre os colegas e a necessidade de conciliar os estudos e o trabalho para cobrir os custos, têm aumentado de maneira significativa os transtornos mentais, principalmente, depressão e ansiedade”.
O que fazer?
O médico Fellipe Miranda Leal reconhece que as atividades em formato de plantões são importantes para a formação dos universitários mas, para evitar o sofrimento psíquico, os alunos devem ter a assistência e supervisão necessária.
"Alunos de Medicina já caracterizam uma amostra de maior prevalência de problemas da saúde mental. Cabe assim aos cursos de medicina estarem constantemente reavaliando as condições dos plantões propostos”, afirmou.
Além da supervisão acolhedora, segundo Danilo Suassuna, o ideal é que o trabalho não ultrapasse 48 horas semanais e que os estudantes tenham um tempo de descanso. "A gente tem que ter esse período de repouso adequado, ambiente escuro, como a gente já conhece”, afirmou, dizendo ainda que sente falta de apoio psicológico institucional nos internatos.
"Eu sugeriria para os professores um grupo de escuta e, quem sabe, uma supervisão emocional”, afirmou. Segundo ele, os alunos de Medicina não sofrem somente com cargas horárias extensas, mas também por tudo que vivenciam em hospitais. "A gente tem óbitos em todas as áreas da Medicina, então lidar com o óbito, lidar com a família, todas essas vivências são muito pesadas”.
Estratégias
Segundo a psicóloga Luciana Nakai, é fundamental que as universidades tenham estratégias de enfrentamento para a sobrecarga mental dos estudantes. Algumas alternativas para isso são: revisão da grade curricular, implantação de horários livres para descanso, oferta de apoio psicológico na instituição
Em meio a esse cenário, a especialista orienta os alunos a buscarem apoio dos amigos e a prática de atividade física.
“É primordial um tempo para cuidar da saúde mental, ponderando a quantidade de plantões. Senão, o adoecimento será mais custoso que o benefício financeiro”.
Estudantes de Medicina denunciam condições de internato da Unoeste Guarujá (SP)
Arquivo Pessoal
Denúncias
Ao g1, universitários da Universidade do Oeste Paulista (Unoeste), em Guarujá, afirmaram que são submetidos a plantões exaustivos e abusivos de trabalho no Hospital Santo Amaro. De acordo com eles, a universidade não oferece a infraestrutura adequada para que os alunos façam o estágio necessário no centro obstétrico do Hospital Santo Amaro.
Os estudantes contaram que foram submetidos a plantões de até 24 horas, sem tempo ou local para descanso.
"A gente passou por vários médicos, por várias condições deploráveis. A gente foi obrigado a dormir no chão, entre outras coisas erradas que a gente via dentro do hospital e tinha que compactuar", denunciou um universitário, que preferiu não ser identificado.
Segundo ele, os alunos se revezavam durante a madrugada para descansarem. Senão, eles corriam o risco de reprovar na disciplina. "Nunca teve horário fixo de descanso, uma hora determinada. O que tivesse que acontecer no hospital, a gente tinha que estar lá em cima", revelou.
O estudante contou ainda que a coordenação do curso não mantém boa comunicação para tratar do assunto com os alunos. "A nossa carga é super mais elevada, muito maior e mais desgastante do que qualquer outra faculdade [...]. Fora isso, tentam implementar mudanças durante a gestão. Você assina o contrato, como vai ser a forma de avaliação, e vira e mexe, eles mudam durante o decorrer do curso".
Outro universitário afirmou que os estudantes são submetidos a mais de 60 horas semanais de trabalho e os orientadores do internato já chegaram a reclamar até dos horários de almoço dos alunos.
Alunos denunciam condições de internato da Unoeste Guarujá no Hospital Santo Amaro
Arquivo Pessoal
O que diz a universidade?
Em nota, a Unoeste afirmou que as alegações envolvendo os estágios do internato são “infundadas e decorrem da insatisfação de um estudante que, não atingindo os critérios mínimos exigidos para aprovação, passou a disseminar informações inverídicas e ofensivas à integridade institucional”.
Segundo a instituição, a universidade foi classificada como “a melhor universidade particular do estado de São Paulo”, na avaliação do Ministério da Educação (MEC), “A qualidade do ensino, a seriedade dos processos pedagógicos e o compromisso com a formação ética e técnica dos nossos alunos são pilares inegociáveis da nossa atuação”.
A Unoeste ainda garantiu que as escalas de plantões “estão em conformidade com a regulamentação vigente, com a obrigatoriedade de folga após o plantão noturno e períodos destinados às refeições e descanso”.
“A Unoeste, em parceria com o Hospital Santo Amaro, organizou toda a estrutura necessária para garantir condições adequadas aos estudantes durante os estágios do internato. Nos alojamentos, são disponibilizadas camas para que os internos descansem adequadamente. Além disso, o hospital possui uma Diretoria de Ensino responsável por coordenar e supervisionar as atividades dos alunos, com profissionais sempre disponíveis para atender às suas necessidades”, diz a nota.
O que diz o hospital?
Também em nota, o Hospital Santo Amaro afirmou que possui compromisso em proporcionar bons ambientes de trabalho e descanso para os médicos e estudantes de Medicina. "Como parceiros da Unoeste na formação dos alunos, o diálogo entre as instituições é amplo e permanente, o que garante que as necessidades e sugestões dos estudantes sejam atendidas".
Acusação de falsidade ideológica
Roberto Fakhoure, de 43 anos, estudante de Medicina de Guarujá, no litoral de São Paulo, acusa a Universidade do Oeste Paulista (Unoeste) de falsidade ideológica. Ele alega que teve a assinatura falsificada em um documento após questionar a reprovação em uma disciplina. Ao g1, ele afirma ter contratado uma perícia técnica particular que comprovou a falsificação.
Roberto Fakhoure, de 43 anos, questiona reprovação em disciplina de faculdade de Medicina, em Guarujá (SP)
Arquivo Pessoal
O aluno registrou um boletim de ocorrência por falsidade ideológica na Polícia Civil e, ao lado do advogado Michael de Jesus, pretende denunciar o caso na Justiça. Ele segue reprovado e, por isso, não poderá participar da colação de grau com a turma no fim deste mês.
Ao g1, Roberto disse que não conseguiu recorrer da reprovação porque teve a assinatura falsificada na ata de uma reunião sobre a nota que o reprovou em uma disciplina em 2023. No documento, constava que o estudante havia entendido os motivos da reprovação e aceitado tal decisão.
No entanto, o aluno garantiu que não assinou nenhum termo com esse teor. Roberto confirmou ter participado de uma reunião na data do documento, mas ressaltou que nunca concordou com a reprovação.
Segundo o relato, ele descobriu que não teria como entrar com um recurso sobre a dependência (DP) na disciplina quando procurou o conselho do campus principal da Unoeste, no interior de São Paulo, e foi informado de que havia concordado com a reprovação na reunião em Guarujá.
De acordo com o advogado, o estudante negou ter aceitado a nota e pediu a ata da reunião, mas só recebeu o documento no fim do ano seguinte (2024), quando não reconheceu a assinatura. Em 2025, ainda segundo o profissional, uma perícia comprovou que a assinatura foi falsificada no termo.
O advogado disse que desconfia de que a reitoria de Guarujá tenha armado a situação para impedir que o cliente recorresse da reprovação no campus do interior paulista e denunciasse as condições de internato oferecidas no litoral.
Em nota, a Unoeste informou que está apurando as informações, mas destacou que “não compactua com qualquer prática que viole a ética acadêmica”.
Perícia técnica comprovou falsificação em assinatura de Roberto
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