Amapá é premiado por avanços na educação, mas lidera evasão escolar na Região Norte

Evasão escolar: 7% das crianças e adolescentes estão fora da sala de aula no Amapá
O Amapá teve dois municípios premiados pelo Ministério da Educação (MEC) em 2025, por avanços na alfabetização. No entanto, o estado lidera a evasão escolar na Região Norte, com 7% dos jovens fora da sala de aula, segundo dados divulgados pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
O reconhecimento veio por meio do Prêmio MEC da Educação Brasileira, que homenageou redes de ensino, escolas e estudantes com base em indicadores oficiais como o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) o Censo Escolar e o desempenho na redação do Enem.
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Tartarugalzinho teve destaque como o município à alcançar o maior índice de de alfabetização da Região Norte. O prefeito da cidade, Bruno Mineiro, contou que pelo menos 94% das crianças foram alfabetizadas na idade certa - de 6 a 8 anos.
"Assumimos a gestão em um período muito crítico de pandemia, passamos praticamente dois anos com a educação paralisada, mas a gente deu um avanço muito grande na infraestrutura das escolas, no diálogo com o professores e o envolvimento das famílias. Conseguimos um resultado excepcional", disse o prefeito.
Amapá é premiado por avanços na educação, mas lidera evasão escolar na Região Norte
Jorge Júnior/Rede Amazônica
A Escola Municipal de Alfabetização Professor Rosa dos Santos Mareco, em Ferreira Gomes também foi reconhecida.
Apesar das conquistas, o cenário educacional do Amapá enfrenta difíceis desafios. O índice de evasão escolar é mais que o dobro da média nacional, de 2%. O estado aparece à frente de todos os outros da Região Norte.
O problema se agrava entre adolescentes de 15 a 17 anos, faixa etária mais afetada pela exclusão escolar. A pesquisa aponta que na Região Norte, mais de 66 mil jovens estão fora da escola.
A especialista em educação, Antônia Andrade, apontou que a evasão está ligada à desigualdade social, e falta de políticas específicas.
"Sobretudo uma educação específica para o povo quilombola, indígena, os povos das águas e das florestas. Estes historicamente têm ficado sempre no ranking nacional, nos indicadores educacionais sempre em última posição. Sem financiamento de fato, a educação continuará sendo apenas para poucos. As assimetrias estão visíveis com todos os indicadores econômicos, educacionais e sociais", disse.
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?Busca ativa
Entre 2017 e 2025, o Amapá conseguiu rematricular 4.938 crianças e adolescentes por meio de ações de busca ativa.
Segundo a Coordenadoria de Desenvolvimento e Normatização das Políticas Educacionais, os índices de abandono escolar vêm caindo desde 2023, com resultados positivos na série histórica.
"Quando conseguimos resgatar esse aluno, ele permanece na escola. A maior dificuldade é com aqueles que ainda não conseguimos trazer de volta", explicou o coordenador dena Bruno Marcelo Costa.
Uma das estratégias é a criação das salas de acolhimento e projetos que incentivam a permanência dos estudantes nas escolas. A Escola Estadual Mário Quirino, no bairro do Buritizal na Zona Sul de Macapá, é um dos exemplos.
A escola oferece o suporte para as deixarem os filhos enquanto assistem às aulas, além de oficinas de costura como alternativa de renda e uma rádio educativa voltada à educação financeira.
"A mãe parou de estudar porque não tinha com quem deixar a criança. Agora ela sabe que o filho está seguro e pode voltar para a sala de aula", disse a diretora escola, Gizele Braz.
Darcilene é voluntária na Sala das Marias
Isadora Pereira/g1
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O Amapá teve dois municípios premiados pelo Ministério da Educação (MEC) em 2025, por avanços na alfabetização. No entanto, o estado lidera a evasão escolar na Região Norte, com 7% dos jovens fora da sala de aula, segundo dados divulgados pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
O reconhecimento veio por meio do Prêmio MEC da Educação Brasileira, que homenageou redes de ensino, escolas e estudantes com base em indicadores oficiais como o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) o Censo Escolar e o desempenho na redação do Enem.
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Tartarugalzinho teve destaque como o município à alcançar o maior índice de de alfabetização da Região Norte. O prefeito da cidade, Bruno Mineiro, contou que pelo menos 94% das crianças foram alfabetizadas na idade certa - de 6 a 8 anos.
"Assumimos a gestão em um período muito crítico de pandemia, passamos praticamente dois anos com a educação paralisada, mas a gente deu um avanço muito grande na infraestrutura das escolas, no diálogo com o professores e o envolvimento das famílias. Conseguimos um resultado excepcional", disse o prefeito.
Amapá é premiado por avanços na educação, mas lidera evasão escolar na Região Norte
Jorge Júnior/Rede Amazônica
A Escola Municipal de Alfabetização Professor Rosa dos Santos Mareco, em Ferreira Gomes também foi reconhecida.
Apesar das conquistas, o cenário educacional do Amapá enfrenta difíceis desafios. O índice de evasão escolar é mais que o dobro da média nacional, de 2%. O estado aparece à frente de todos os outros da Região Norte.
O problema se agrava entre adolescentes de 15 a 17 anos, faixa etária mais afetada pela exclusão escolar. A pesquisa aponta que na Região Norte, mais de 66 mil jovens estão fora da escola.
A especialista em educação, Antônia Andrade, apontou que a evasão está ligada à desigualdade social, e falta de políticas específicas.
"Sobretudo uma educação específica para o povo quilombola, indígena, os povos das águas e das florestas. Estes historicamente têm ficado sempre no ranking nacional, nos indicadores educacionais sempre em última posição. Sem financiamento de fato, a educação continuará sendo apenas para poucos. As assimetrias estão visíveis com todos os indicadores econômicos, educacionais e sociais", disse.
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"Quando conseguimos resgatar esse aluno, ele permanece na escola. A maior dificuldade é com aqueles que ainda não conseguimos trazer de volta", explicou o coordenador dena Bruno Marcelo Costa.
Uma das estratégias é a criação das salas de acolhimento e projetos que incentivam a permanência dos estudantes nas escolas. A Escola Estadual Mário Quirino, no bairro do Buritizal na Zona Sul de Macapá, é um dos exemplos.
A escola oferece o suporte para as deixarem os filhos enquanto assistem às aulas, além de oficinas de costura como alternativa de renda e uma rádio educativa voltada à educação financeira.
"A mãe parou de estudar porque não tinha com quem deixar a criança. Agora ela sabe que o filho está seguro e pode voltar para a sala de aula", disse a diretora escola, Gizele Braz.
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