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Dólar abre em alta, após abertura de investigação comercial dos EUA contra o Brasil

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Dólar abre em alta, após abertura de investigação comercial dos EUA contra o Brasil
Decreto que regulamenta Lei de Reciprocidade assinado por Lula é publicado
O dólar registra alta de 0,19% por volta das 9h10 desta quarta-feira (15), cotado a R$ 5,5683, refletindo os desdobramentos da ofensiva do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra o Brasil.
▶️ Na noite desta terça, o Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR, na sigla em inglês) iniciou uma investigação comercial contra o Brasil. A legislação permite corrigir práticas comerciais consideradas desleais contra os EUA, por meio da aplicação de tarifas ou sanções.
O documento mistura alegações comerciais e políticas para justificar a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. O texto apresenta aspectos do comércio nacional que serão investigados e faz afirmações, sem apresentar evidências, sobre supostas práticas abusivas adotadas pelo Brasil.
▶️ No Brasil, o vice-presidente Geraldo Alckmin retoma reuniões com empresários afetados pelas tarifas para discutir a crise e possíveis soluções. Serão ouvidos representantes da indústria e o presidente da Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham), Abrão Neto.
▶️ Outro destaque no Brasil é a pesquisa Quaest sobre a aprovação do governo Lula. A desaprovação oscilou 4 pontos para baixo, dentro da margem de erro, e agora está em 53% entre os eleitores brasileiros.
A aprovação da gestão do presidente oscilou para cima e é de 43%. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. Segundo Felipe Nunes, diretor do instituto, o confronto com Trump contribuiu para a recuperação de parte da popularidade do governo Lula.
▶️ Ainda ontem, após o fechamento dos mercados, a audiência de conciliação no STF sobre o decreto que elevava o IOF terminou sem acordo. A decisão sobre manter ou não o decreto presidencial de Lula agora está nas mãos do relator do caso, ministro Alexandre de Moraes.
O desfecho da decisão definirá se o governo precisará buscar novas fontes de receita ou realizar cortes adicionais no Orçamento para atingir a meta de déficit zero em 2025.
▶️ Economistas também analisam os dados de inflação dos EUA. O índice de preços ao produtor (PPI) ficou estável em junho. Na comparação anual, o PPI avançou 2,3% em junho, um pouco abaixo da projeção dos analistas.
Havia expectativa em saber se os preços já estão sendo impactados pelas tarifas de Trump. Ontem, os dados de preços ao consumidor mostraram alta em junho, com possível influência das taxas.
"As categorias de eletrodomésticos e equipamentos domésticos apresentaram aumento expressivo de preços, indicando algum repasse dos custos adicionais provocados pelas tarifas", explica a economista Andressa Durão, do ASA.
"Outros itens, como vestuários, bens recreativos e outros bens diversos, registraram variações pontuais de preços, de forma menos intensa ou mais diluída, mas também sugerindo algum repasse", continua.
Veja abaixo como esses fatores impactam o mercado.
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
?Dólar

a
Acumulado da semana: +0,18%;
Acumulado do mês: +2,29%;
Acumulado do ano: -10,06%.
?Ibovespa

Acumulado da semana: -0,58%;
Acumulado da semana: -0,69%;
Acumulado do mês: -2,60%;
Acumulado do ano: +12,44%.
Investigação dos EUA
O Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR, na sigla em inglês) iniciou uma investigação comercial contra o Brasil a pedido de Trump.
A medida foi tomada com base na Seção 301 da Lei de Comércio de 1974 — legislação que prevê a investigação de práticas estrangeiras desleais que impactam o comércio americano.
Na prática, a medida atua como um instrumento de pressão internacional para proteger os interesses dos EUA. O dispositivo estabelece um processo conduzido pelo Representante de Comércio para apurar se algum governo estrangeiro adota práticas abusivas contra o país.
A lei também prevê que os EUA podem adotar medidas para corrigir práticas comerciais desleais, como a imposição de tarifas ou sanções ao país investigado.
“Por orientação do presidente Trump, estou iniciando uma investigação com base na Seção 301 sobre os ataques do Brasil contra empresas americanas de mídia social, bem como outras práticas comerciais desleais que prejudicam empresas, trabalhadores, agricultores e inovadores tecnológicos dos EUA”, afirmou o embaixador Jamieson Greer, representante comercial dos EUA.
O documento menciona “ataques contínuos do Brasil às atividades comerciais digitais de empresas americanas, bem como outras práticas comerciais desleais”. O representante do órgão afirma também que “tem documentado as práticas comerciais desleais do Brasil que restringem o acesso de exportadores americanos ao seu mercado há décadas”.
Brasil estuda como responder Trump
Após as reuniões com empresários realizadas nesta terça-feira, o vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou que o governo brasileiro não pretende solicitar ao governo americano o adiamento da entrada em vigor das tarifas anunciadas por Trump sobre as exportações brasileiras.
Segundo apurou o blog da Ana Flor, empresários dos setores industrial e agrícola solicitaram que o governo evite acionar a Lei de Reciprocidade antes de tentar negociar a ampliação do prazo.
O g1 apurou que o governo aposta na via diplomática e busca intensificar o diálogo com representantes americanos para tentar reverter as medidas, sem solicitar um novo prazo. A expectativa é que a pressão de empresários nos EUA — como a manifestada pela Câmara de Comércio americana nesta terça-feira — possa influenciar o governo Trump a reconsiderar a decisão.
Alckmin se reunirá nesta quarta com as câmaras de comércio Brasil-EUA e com representantes de outros setores impactados, como as indústrias química e de software, além de cooperativas, confederações patronais e centrais sindicais.
Avaliação do governo
A pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (16) mostra que o confronto com o presidente Donald Trump ajudou o governo Lula a recuperar a popularidade, segundo Felipe Nunes, diretor do instituto.
Os dados mostram que a aprovação de Lula (PT), que vinha em queda desde janeiro, e reprovação, que vinha em alta desde outubro, mudaram de direção:
43% aprovam a Lula, uma oscilação positiva de três pontos percentuais em relação a junho.
53% desaprovam Lula, uma oscilação para baixo de quatro pontos, no limite da margem de erro.
O diretor da Quaest destaca que a avaliação de Lula melhorou em três segmentos que estão fora da base tradicional de apoio do governo Lula:
No Sudeste, a desaprovação caiu oito pontos, para 56% e aprovação subiu oito pontos, para 40% (a margem de erro é de três pontos nesse segmento).
Entre quem tem ensino superior, houve queda de 11 pontos na desaprovação, para 53%, e alta de 12 na aprovação, para 45% (margem de quatro pontos).
Entre quem ganha de dois e cinco salários mínimos (R$ 3 mil e R$ 7.590) por mês, houve oscilação positiva de quatro pontos na aprovação, para 52%, e negativa de quatro pontos na desaprovação, para 43%.
"Não foi nem entre os mais pobres, nem entre os mais ricos que captamos mudanças na aprovação; foi nos setores de renda média: a diferença que era de -19 pp passou para -9 pp de maio pra cá", diz Nunes.
Veja abaixo os demais resultados da pesquisa.
53% desaprovam governo Lula, e 43% aprovam
Veja aprovação e reprovação de Lula por região, gênero, idade, estudo, renda e religião
72% acham que Trump está errado, e 79% afirmam que tarifaço vai prejudicar suas vidas
60% são a favor de elevar a taxa de IR dos mais ricos e 35% são contra
53% dizem que não está certo discurso que coloca ricos contra pobres
Sem acordo sobre o IOF
A audiência de conciliação no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) terminou sem acordo entre os representantes do governo federal, do Congresso Nacional e dos partidos autores das ações que questionam a medida.
Tanto o Executivo quanto o Congresso mantiveram as posições já apresentadas nos autos. Os partidos PL e PSOL também reiteraram os pedidos para que o STF declare a inconstitucionalidade do decreto que majorou o IOF.
Sem acordo, a decisão agora sobre manter o decreto presidencial de Lula cabe ao relator do caso, o ministro Alexandre de Moraes. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que acredita em uma decisão rápida e equilibrada.
Notas de dólar
Dado Ruvic/ Reuters

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