Zoya: filme produzido em Uberlândia sobre luto infantil disputa festival internacional como melhor curta

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Sob um céu silencioso, uma menina de 10 anos encara as estrelas tentando entender o significado da morte de sua cachorra. Assim nasceu "Zoya", um curta-metragem de 19 minutos da cineasta Larissa Dardania. Veja o trailer do filme uberlandense 'Zoya'
Inspirado em uma lembrança de infância, o filme "Zoya" nasceu da vivência íntima da roteirista Larissa Dardania que, ainda criança e com a mesma idade da protagonista, enfrentou o luto pela primeira vez. Radicada em Uberlândia, a diretora agora leva a obra para um dos maiores festivais do circuito audiovisual brasileiro: o “Festival Internacional de Curtas”, que acontece entre os dias 23 e 30 de abril no Rio Janeiro.
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Viabilizada com recursos da Lei Paulo Gustavo, a produção contou com a participação de profissionais compostos por mulheres, pessoas negras e LGBT+.
“Fazer cinema exige dinheiro. Equipamentos, pessoas, locações... tudo isso custa caro. A Lei Paulo Gustavo foi essencial para tirarmos Zoya do papel”, explicou Larissa.
Para a cineasta, o incentivo público vai além da viabilidade financeira, buscando fomentar a produção cultural e contando outras histórias.
O curta já estreou no Panorama Internacional Coisa de Cinema, na Bahia, no início de abril, e tem a capital carioca como a próxima parada no festival internacional "Curta Cinema", quando disputará na categoria de melhor curta-metragem.
Zoya usa infância como lente para a compreensão da morte
Na tentativa de preencher o buraco com explicações, Larissa se agarrou às respostas do senso comum, tendo a crença de que quando morremos viramos estrelas, mas para a garota, a resposta era vaga e insuficiente.
Essa sensação de vazio atravessa a personagem Zoya, que tem 10 anos e vive na zona rural aprendendo a lidar com a perda do seu cachorro. Em uma das cenas mais simbólicas da trama, a personagem encara o céu em silêncio. Mais adiante, entra na “zona do nada”, que representa as incertezas, desconfortos e reflexões, diante da morte do animal.
Um dos momentos mais marcantes da produção de apenas 19 minutos foi o encontro com a jovem Sophia Souza, atriz que interpreta Zoya. Ela foi descoberta em uma escola pública de Uberlândia, durante testes de elenco organizados realizado pela equipe.
Para Dardania, escolher uma criança como protagonista não foi apenas uma escolha estética, mas também narrativa para a criação da trama, dando liberdade para trabalhar com símbolos metafóricos e situações que não funcionem no olhar de uma pessoa adulta. A infância permite um universo para olhar para a imaginação.
No entanto, a cineasta reconheceu que, embora o ponto de vista seja o de uma criança, o desconforto e as perguntas trazidas pelo filme são de todas as idades.
O filme, segundo a diretora, não pretende entregar respostas, e sim trazer questionamentos. E que, ao vermos a história no fim, nem sempre vamos ter respostas para tudo, e que é normal não sabermos, pois a dúvida faz parte da experiência.
Valorizando o silêncio, olhares demorados e gestos mínimos, Zoya reforça uma ideia de que talvez o mais importante não é encontrar sentido, mas aprender a caminhar com as perguntas.
Sophia Souza, jovem que interpreta a personagem Zoya.
Felipe Vianna/Divulgação
Para ela, o incentivo público vai além da viabilidade financeira, buscando fomentar o produção cultural e contando outras historias. Um dos momentos mais marcantes da produção foi o encontro com a jovem Sophia Souza, atriz que interpreta Zoya. Ela foi descoberta em uma escola pública de
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Inspirado em uma lembrança de infância, o filme "Zoya" nasceu da vivência íntima da roteirista Larissa Dardania que, ainda criança e com a mesma idade da protagonista, enfrentou o luto pela primeira vez. Radicada em Uberlândia, a diretora agora leva a obra para um dos maiores festivais do circuito audiovisual brasileiro: o “Festival Internacional de Curtas”, que acontece entre os dias 23 e 30 de abril no Rio Janeiro.
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Para a cineasta, o incentivo público vai além da viabilidade financeira, buscando fomentar a produção cultural e contando outras histórias.
O curta já estreou no Panorama Internacional Coisa de Cinema, na Bahia, no início de abril, e tem a capital carioca como a próxima parada no festival internacional "Curta Cinema", quando disputará na categoria de melhor curta-metragem.
Zoya usa infância como lente para a compreensão da morte
Na tentativa de preencher o buraco com explicações, Larissa se agarrou às respostas do senso comum, tendo a crença de que quando morremos viramos estrelas, mas para a garota, a resposta era vaga e insuficiente.
Essa sensação de vazio atravessa a personagem Zoya, que tem 10 anos e vive na zona rural aprendendo a lidar com a perda do seu cachorro. Em uma das cenas mais simbólicas da trama, a personagem encara o céu em silêncio. Mais adiante, entra na “zona do nada”, que representa as incertezas, desconfortos e reflexões, diante da morte do animal.
Um dos momentos mais marcantes da produção de apenas 19 minutos foi o encontro com a jovem Sophia Souza, atriz que interpreta Zoya. Ela foi descoberta em uma escola pública de Uberlândia, durante testes de elenco organizados realizado pela equipe.
Para Dardania, escolher uma criança como protagonista não foi apenas uma escolha estética, mas também narrativa para a criação da trama, dando liberdade para trabalhar com símbolos metafóricos e situações que não funcionem no olhar de uma pessoa adulta. A infância permite um universo para olhar para a imaginação.
No entanto, a cineasta reconheceu que, embora o ponto de vista seja o de uma criança, o desconforto e as perguntas trazidas pelo filme são de todas as idades.
O filme, segundo a diretora, não pretende entregar respostas, e sim trazer questionamentos. E que, ao vermos a história no fim, nem sempre vamos ter respostas para tudo, e que é normal não sabermos, pois a dúvida faz parte da experiência.
Valorizando o silêncio, olhares demorados e gestos mínimos, Zoya reforça uma ideia de que talvez o mais importante não é encontrar sentido, mas aprender a caminhar com as perguntas.
Sophia Souza, jovem que interpreta a personagem Zoya.
Felipe Vianna/Divulgação
Para ela, o incentivo público vai além da viabilidade financeira, buscando fomentar o produção cultural e contando outras historias. Um dos momentos mais marcantes da produção foi o encontro com a jovem Sophia Souza, atriz que interpreta Zoya. Ela foi descoberta em uma escola pública de
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