Gaeco e PM prendem novos integrantes de quadrilha de agiotas que movimentou R$ 67 milhões no interior de SP

Prisões e apreensões em Franca (SP) e Ribeirão Preto (SP) ocorreram no âmbito da 2ª fase da Operação 'Castelo de Areia', nesta terça (3). Suspeitos mantiveram esquema ativo mesmo com comparsas na cadeia, aponta investigação. Operação cumpre 17 mandados de prisão contra suspeitos de agiotagem em Franca e Ribeirão Preto
Redes sociais
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, e a Polícia Militar deflagraram nesta terça-feira (3) uma operação contra novos integrantes de uma quadrilha de agiotas que atuava em Franca (SP) e cidades da região. Os suspeitos movimentaram cerca de R$ 31 milhões nos últimos quatro anos.
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São cumpridos 17 mandados de prisão temporária e 22 mandados de busca e apreensão em Franca e Ribeirão Preto (SP), no âmbito da segunda fase da operação denominada "Castelo de Areia". Dinheiro em espécie, armas, relógios de luxo, joias e celulares estão entre as apreensões.
A primeira fase da operação ocorreu entre novembro de 2023 e janeiro de 2024, quando sete pessoas acabaram presas suspeitas de movimentar outros R$ 36 milhões. Já em dezembro do ano passado, todas elas, incluindo um ex-policial civil, foram condenadas a 20 anos de prisão (veja abaixo detalhes).
As investigações apontaram que a quadrilha emprestava dinheiro a juros exorbitantes e depois cobrava as vítimas por meio de graves ameaças e violência.
Segundo o Gaeco, mesmo com as prisões anteriores, outros integrantes mantiveram a quadrilha ativa e diziam em conversas entre eles que "nada os intimidariam e, até mesmo, jamais seriam punidos". Isso motivou a deflagração da segunda fase da operação, nesta terça-feira.
Até a última atualização desta reportagem, eles não haviam sido identificados.
Gaeco e PM apreenderam armas e dinheiro de novos integrantes de quadrilha de agiotas que movimentou R$ 67 milhões
Gaeco
Condenados
Os condenados em dezembro de 2024 são:
Evanderson Lopes Guimarães - 20 anos, 2 meses e 6 dias de reclusão; 7 meses e 6 dias de detenção;
Douglas de Oliveira Guimarães, Ezequias Bastos Guimarães, Ronny Hernandes Alves dos Santos, Bruno Bastos Guimarães, Leomábio Paixão da Silva e Rogério Camillo Requel - 20 anos, 2 meses e 6 dias de reclusão; 8 meses e 5 dias de detenção.
Entre os crimes pelos quais os réus foram condenados estão lavagem de dinheiro, organização criminosa, usura, corrupção ativa e passiva.
À EPTV, afiliada da TV Globo, a defesa de Bruno Bastos e Leomábio Paixão disse que não concorda com a condenação e que irá recorrer da sentença. A reportagem também busca posicionamento dos demais envolvidos e da Secretaria de Segurança Pública (SSP) nesta sexta-feira (20).
Operação Castelo de Areia em Franca (SP): no alto da esquerda para a direita, Ezequias Guimarães, Bruno Guimarães e Douglas Guimarães; embaixo, Leomabio Paixão, Evanderson Guimarães, Ronny Santos e Rogério Camillo
Reprodução
Na decisão, o juiz Orlando Brossi Júnior destacou o esquema de lavagem de dinheiro da quadrilha.
"Assim, inequívoco que todos agiam na prática da usura, cobrança por meio de ameaças e lavagem de capitais, com a finalidade de dissimular a origem ilícita do dinheiro, dando aparência lícita aos vultosos valores obtidos por meio destas atividades", cita trecho.
Em outra parte, o magistrado pontua quais era as funções do ex-policial dentro da quadrilha. Segundo o juiz, Requel era responsável por intimidar devedores, além de acobertar o esquema para que não fosse descoberto.
"Rogério Camillo Requel, conquanto exercesse o cargo de policial civil, era um dos responsáveis pelas cobranças e intimidações dos devedores, além de acobertar todo o esquema de empréstimos. Sobreleva destacar que sua conduta se reveste de maior reprovabilidade, dada a função pública que exercia, de que quem se exige uma postura ética, proba e em harmonia com o interesse público", pontua.
Policial civil Rogério Requel é alvo de operação por suspeita de agiotagem em Franca, SP
Reprodução/ Rede social
Quadrilha movimentou milhões com agiotagem
Pai, filho e sobrinho, considerados os chefes do esquema, e outras quatro pessoas são acusadas de movimentar R$ 36 milhões em três anos. Rogério Camillo Requel recebeu, em três meses, cerca de R$ 340 mil provenientes do esquema, segundo denúncia do MP.
Cópias das conversas, obtidas pelo Ministério Público com autorização da Justiça, foram anexadas à denúncia e, de acordo com os promotores de Justiça, comprovam a violência utilizada pela organização criminosa para reaver o dinheiro.
Ronny é um dos membros da quadrilha que ameaçavam de morte os inadimplentes e as pessoas próximas.
Ele aparece em uma das conversas interceptadas pelo Gaeco fazendo graves ameaças a uma mulher, também sem dinheiro para pagar o que teria pegado emprestado.
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Ex-policial acusado de integrar quadrilha de agiotas em Franca, SP, recebeu R$ 340 mil em três meses, aponta denúncia
Operação 'Castelo de Areia'
A Operação "Castelo de Areia" que ocorreu no fim de novembro, quando o Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, a Polícia Militar e a Corregedoria da Polícia Civil cumpriram 20 mandados, incluindo sete prisões temporárias, 12 mandados de apreensão em Franca e uma ordem de busca em Ribeirão Preto (SP).
Segundo o Gaeco, as investigações apontaram que a quadrilha emprestava dinheiro a juros exorbitantes e posteriormente cobrava as vítimas por meio de graves ameaças e violência.
Os lucros obtidos, de acordo com a Promotoria, eram reaplicados no esquema ou então destinados para a abertura de empresas de fachada, na compra de veículos e imóveis, como forma de lavagem de dinheiro.
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O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, e a Polícia Militar deflagraram nesta terça-feira (3) uma operação contra novos integrantes de uma quadrilha de agiotas que atuava em Franca (SP) e cidades da região. Os suspeitos movimentaram cerca de R$ 31 milhões nos últimos quatro anos.
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São cumpridos 17 mandados de prisão temporária e 22 mandados de busca e apreensão em Franca e Ribeirão Preto (SP), no âmbito da segunda fase da operação denominada "Castelo de Areia". Dinheiro em espécie, armas, relógios de luxo, joias e celulares estão entre as apreensões.
A primeira fase da operação ocorreu entre novembro de 2023 e janeiro de 2024, quando sete pessoas acabaram presas suspeitas de movimentar outros R$ 36 milhões. Já em dezembro do ano passado, todas elas, incluindo um ex-policial civil, foram condenadas a 20 anos de prisão (veja abaixo detalhes).
As investigações apontaram que a quadrilha emprestava dinheiro a juros exorbitantes e depois cobrava as vítimas por meio de graves ameaças e violência.
Segundo o Gaeco, mesmo com as prisões anteriores, outros integrantes mantiveram a quadrilha ativa e diziam em conversas entre eles que "nada os intimidariam e, até mesmo, jamais seriam punidos". Isso motivou a deflagração da segunda fase da operação, nesta terça-feira.
Até a última atualização desta reportagem, eles não haviam sido identificados.
Gaeco e PM apreenderam armas e dinheiro de novos integrantes de quadrilha de agiotas que movimentou R$ 67 milhões
Gaeco
Condenados
Os condenados em dezembro de 2024 são:
Evanderson Lopes Guimarães - 20 anos, 2 meses e 6 dias de reclusão; 7 meses e 6 dias de detenção;
Douglas de Oliveira Guimarães, Ezequias Bastos Guimarães, Ronny Hernandes Alves dos Santos, Bruno Bastos Guimarães, Leomábio Paixão da Silva e Rogério Camillo Requel - 20 anos, 2 meses e 6 dias de reclusão; 8 meses e 5 dias de detenção.
Entre os crimes pelos quais os réus foram condenados estão lavagem de dinheiro, organização criminosa, usura, corrupção ativa e passiva.
À EPTV, afiliada da TV Globo, a defesa de Bruno Bastos e Leomábio Paixão disse que não concorda com a condenação e que irá recorrer da sentença. A reportagem também busca posicionamento dos demais envolvidos e da Secretaria de Segurança Pública (SSP) nesta sexta-feira (20).
Operação Castelo de Areia em Franca (SP): no alto da esquerda para a direita, Ezequias Guimarães, Bruno Guimarães e Douglas Guimarães; embaixo, Leomabio Paixão, Evanderson Guimarães, Ronny Santos e Rogério Camillo
Reprodução
Na decisão, o juiz Orlando Brossi Júnior destacou o esquema de lavagem de dinheiro da quadrilha.
"Assim, inequívoco que todos agiam na prática da usura, cobrança por meio de ameaças e lavagem de capitais, com a finalidade de dissimular a origem ilícita do dinheiro, dando aparência lícita aos vultosos valores obtidos por meio destas atividades", cita trecho.
Em outra parte, o magistrado pontua quais era as funções do ex-policial dentro da quadrilha. Segundo o juiz, Requel era responsável por intimidar devedores, além de acobertar o esquema para que não fosse descoberto.
"Rogério Camillo Requel, conquanto exercesse o cargo de policial civil, era um dos responsáveis pelas cobranças e intimidações dos devedores, além de acobertar todo o esquema de empréstimos. Sobreleva destacar que sua conduta se reveste de maior reprovabilidade, dada a função pública que exercia, de que quem se exige uma postura ética, proba e em harmonia com o interesse público", pontua.
Policial civil Rogério Requel é alvo de operação por suspeita de agiotagem em Franca, SP
Reprodução/ Rede social
Quadrilha movimentou milhões com agiotagem
Pai, filho e sobrinho, considerados os chefes do esquema, e outras quatro pessoas são acusadas de movimentar R$ 36 milhões em três anos. Rogério Camillo Requel recebeu, em três meses, cerca de R$ 340 mil provenientes do esquema, segundo denúncia do MP.
Cópias das conversas, obtidas pelo Ministério Público com autorização da Justiça, foram anexadas à denúncia e, de acordo com os promotores de Justiça, comprovam a violência utilizada pela organização criminosa para reaver o dinheiro.
Ronny é um dos membros da quadrilha que ameaçavam de morte os inadimplentes e as pessoas próximas.
Ele aparece em uma das conversas interceptadas pelo Gaeco fazendo graves ameaças a uma mulher, também sem dinheiro para pagar o que teria pegado emprestado.
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Operação 'Castelo de Areia'
A Operação "Castelo de Areia" que ocorreu no fim de novembro, quando o Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, a Polícia Militar e a Corregedoria da Polícia Civil cumpriram 20 mandados, incluindo sete prisões temporárias, 12 mandados de apreensão em Franca e uma ordem de busca em Ribeirão Preto (SP).
Segundo o Gaeco, as investigações apontaram que a quadrilha emprestava dinheiro a juros exorbitantes e posteriormente cobrava as vítimas por meio de graves ameaças e violência.
Os lucros obtidos, de acordo com a Promotoria, eram reaplicados no esquema ou então destinados para a abertura de empresas de fachada, na compra de veículos e imóveis, como forma de lavagem de dinheiro.
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