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Como a trégua entre EUA e China impacta as exportações de soja do Brasil

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Como a trégua entre EUA e China impacta as exportações de soja do Brasil
Os dois países decidiram reduzir as tarifas de importação por 90 dias. Brasil é o maior fornecedor do grão para a China, mas compete por este mercado com os EUA, segundo maior exportador. Entenda como a trégua entre EUA e China impacta as exportações de soja do Brasil
Divulgação.
As vendas de soja do Brasil para o mercado chinês cresceram no início do ano em meio às trocas de tarifas de importação de mais de 100% entre EUA e China.
O Brasil é o maior fornecedor do grão para a China, mas compete por este mercado com os EUA, que é o segundo maior exportador para o país asiático.
Na segunda-feira (12), porém, os EUA e a China decidiram dar uma trégua e reduziram as tarifas recíprocas por 90 dias.
As taxas dos EUA sobre as importações chinesas passaram de 145% para 30%, enquanto a China reduziu de 125% para 10% a taxa sobre os produtos americanos.
Segundo economistas ouvidos pelo g1:
a pausa não deve diminuir as exportações de soja do Brasil para a China;
isso porque os EUA não têm grão para vender no primeiro semestre. A safra do país começa em outubro;
no entanto, os chineses devem aproveitar os 90 dias para fazer compras antecipadas dos EUA;
e isso pode reduzir alguns ganhos de exportadores brasileiros (entenda abaixo).
Brasil vai reduzir a exportação de soja para a China?
"Não. Para a safra de 2025, a China vai continuar mantendo os fluxos normais de compra do Brasil", diz Rafael Silveira, analista de mercado da consultoria Safras & Mercado.
"No primeiro semestre, a exportação brasileira vai se manter muito aquecida até porque não tem soja americana agora no mercado. O que tem de safra americana para exportar é velha e é muito pouco", detalha Silveira.
Sazonalmente, o Brasil colhe e exporta mais soja no primeiro semestre, enquanto a safra e as vendas dos EUA acontecem na segunda metade do ano, mais especificamente a partir de outubro.
No entanto, a China deve aproveitar a pausa de 90 dias para fazer compras antecipadas de soja dos EUA, mesmo que elas sejam entregues apenas no final do ano, explica Silveira.
Segundo ele, a taxa de 10% deixa a soja americana mais cara para os chineses, mas a tarifa inicial de 125% "inviabilizava" qualquer compra de grãos dos EUA por parte da China.
De qualquer forma, o novo cenário não deve reduzir o mercado de soja para o Brasil na China.
Desde o primeiro governo Trump (2017-2021), inclusive, os chineses vem reduzindo a sua dependência dos grãos dos EUA.
Qual é o impacto para o Brasil?
Com a redução de tarifa entre EUA e China, a demanda extra da China por soja brasileira tende a diminuir, e o impacto direto disso é na redução dos prêmios de exportação pagos pela soja nacional.
Esse prêmio é um valor adicionado (ágio) ou descontado (deságio) ao preço da soja negociado em Chigago, explica o sócio-diretor da Cogo Inteligência em Agronegócio, Carlos Cogo.
"O prêmio é definido diariamente em um mercado paralelo, que, embora tenha ligação direta com as oscilações do câmbio e dos contratos futuros de Chicago, obedece diretamente a fatores ligados à oferta e à demanda da soja brasileira, tanto internamente quanto externamente."
"Os prêmios [da soja] nos portos brasileiros estavam subindo porque havia uma demanda extra de soja por parte da China. Isso vinha já acontecendo há mais de um mês. Os prêmios estavam positivos em plena colheita, o que não é normal", diz Cogo.
"No dia de hoje [12 de maio], [em que houve acordo entre China e Estados Unidos] os prêmios começaram a declinar. Na verdade, começaram a declinar quando aqueceram as notícias de que eles estariam próximo a um acordo", acrescenta.
Apesar do recuo dos prêmios, o preço da soja na bolsa de Chicago fechou com alta de 1,81% na segunda-feira (12).
Silveira, do Safras, destaca que os prêmios de exportação da soja brasileira podem cair mais no segundo semestre.
"Era pra ser uma situação contrária. Pelo que estava se desenvolvendo, nós teríamos prêmios nos portos muito mais altos", diz o analista do Safras.
"A situação agora é que os prêmios podem reduzir frente a isso porque querendo ou não você tira um pouco de pressão da exportação brasileira. Não que a China vai deixar de comprar soja brasileira, mas você teria uma demanda adicional que pode não ocorrer", conclui Silveira.
EUA e China firmam acordo para reduzir tarifas recíprocas

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