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Cartões travados, telefones enganosos e falsos funcionários: casal é suspeito de montar esquema para golpes dentro de banco no Paraná

Cartões travados, telefones enganosos e falsos funcionários: casal é suspeito de montar esquema para golpes dentro de banco no Paraná
Casal foi preso após vítima perceber que perdeu R$ 3,1 mil. Segundo a Polícia Federal, a prática utilizada pelos dois é conhecida como "chupa-cabra". g1 tente identificar as defesas deles. Casal é preso por aplicar golpe em caixas eletrônicos
Um casal foi preso suspeito de montar um esquema para aplicar golpes dentro de agências bancárias em diversos municípios da região Sul do Brasil, de acordo com a Polícia Militar (PM).
Segundo a Polícia Federal (PF), a prática utilizada pelos dois é conhecida como "chupa-cabra".
Nela, os criminosos adulteram caixas eletrônicos, provocam o travamento de cartões e, depois, se passam por funcionários do banco para enganar os clientes e dar orientações falsas de como ajudá-los - quando, na verdade, coletam informações para desviar dinheiro da conta da vítima. Veja detalhes sobre o golpe mais abaixo.
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Os suspeitos foram identificados após uma vítima de Ponta Grossa, nos Campos Gerais de Paraná, acionar a PM no sábado (21). Ela tem 55 anos e relatou que perdeu R$ 3,1 mil após cair no golpe em uma agência da Caixa Econômica que fica na Avenida Visconde de Mauá, no Bairro Oficinas.
O casal foi encontrado momentos depois em um posto de combustíveis que fica entre os municípios vizinhos de Castro e Piraí do Sul. Após a prisão, o homem, de 46 anos, e a mulher, de 43, foram encaminhados à sede da Polícia Federal em Ponta Grossa.
Ao g1, a Caixa informou que a agência citada está funcionando normalmente e que todas as informações sobre crimes ocorridos em unidades do banco são consideradas sigilosas, e repassadas exclusivamente às autoridades competentes.
A instituição bancária também afirmou que monitora "ininterruptamente" as salas de autoatendimento, e listou orientações para clientes evitarem cair em golpes. Veja mais abaixo.
Os nomes dos suspeitos não foram divulgados e o g1 tenta identificar as defesas deles.
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Entenda como funciona o golpe chupa-cabra
Caixa eletrônico banco agência bancária
Adobe Stock
A Polícia Federal explica que o golpe conhecido como “chupa-cabra” em caixas eletrônicos é uma prática criminosa que consiste na instalação de um dispositivo fraudulento no local onde o cartão é inserido.
"Esse equipamento impede que o cartão entre corretamente na máquina e faz com que ele fique preso. Enquanto isso, os golpistas também colocam um adesivo no caixa eletrônico com um número de telefone falso. Quando a vítima percebe que o cartão ficou retido, ela liga para esse número acreditando ser o atendimento oficial do banco. Do outro lado da linha, os criminosos se passam por funcionários da instituição financeira e, com isso, conseguem obter informações pessoais e senhas da vítima Com os dados em mãos, os golpistas realizam saques, compras ou transferências indevidas na conta da vítima", explica a PF.
A corporação também afirma que o golpe costuma ocorrer em locais com pouco movimento ou em horários de menor fluxo, facilitando a ação dos criminosos sem serem notados.
No caso de Ponta Grossa, foi num sábado à noite, com uma das golpistas estando na agência bancária.
A vítima relatou que, após ficar com o cartão travado no caixa eletrônico, a criminosa se aproximou, se passando por cliente, e afirmou que o mesmo problema já havia acontecido com ela. A mulher a orientou a ligar para o telefone que estava no adesivo, mas quem atendeu foi o cúmplice dela, que pediu informações da conta e fez o desvio do dinheiro.
Como evitar cair no golpe
A Polícia Militar orienta que, em estabelecimentos bancários, deve-se ficar atento à presença de pessoas que não trabalhem no local.
"Em hipótese de mau funcionamento de caixas eletrônicos ou dificuldades de uso, deve-se buscar auxílio junto a colabores da agência bancária, ou contatar os canais oficiais de comunicação do estabelecimento bancário, jamais confiando em terceiros. Caso necessite de um atendimento de emergência, mantenha a calma, busque um local seguro, e acione a Polícia Militar por meio do 190", ressalta.
A corporação lembra que, em situações de crime, o registro da ocorrência é primordial para responsabilização dos envolvidos.
O que diz a Caixa
Caixa Econômica Federal
Tânia Rêgo/Agência Brasil
Em nota, a Caixa Econômica garantiu que monitora ininterruptamente as salas de autoatendimento e, quando identifica ação criminosa nos equipamentos, adota medidas cabíveis - inclusive, com atuação conjunta com a Polícia Federal e demais órgãos de segurança pública, objetivando o combate a fraudes e golpes.
"Em caso de movimentação não reconhecida pelo cliente, é possível realizar pedido de contestação em uma das agências do banco, portando CPF e documento de identificação. As contestações são analisadas, de forma individualizada e considerando os detalhes de cada caso e, para os casos considerados procedentes, o valor é ressarcido ao cliente", complementa.
O banco também orienta os clientes a não aceitarem ajuda de estranhos, mesmo dentro das agências.
"Caso o cartão fique preso na máquina, o cliente deve informar o fato a um empregado da CAIXA devidamente identificado. Se a agência estiver fechada, o cliente deve entrar em contato com a central de atendimento da CAIXA pelo 0800 104 0104 para que sejam tomadas as providências, como o bloqueio temporário ou o cancelamento com reemissão. Os clientes não devem fornecer suas senhas ou outros dados de acesso a terceiros ou em sites ou aplicativos não oficiais, bem como, em ligações telefônicas", reforça.
O banco também reforça os principais cuidados que devem ser tomados. Veja abaixo:
Não forneça senhas ou outros dados de acesso em sites ou aplicativos não oficiais, bem como em ligações telefônicas;
Mantenha seu corpo próximo ao equipamento do autoatendimento e fique atento se não há pessoas observando a operação; redobre os cuidados ao digitar suas senhas de números e sílabas;
Não saia da frente do terminal antes dele voltar a apresentar a tela inicial;
Siga somente as orientações que constam na tela do equipamento e que são exibidas durante a transação;
Não permita que ninguém manuseie seu cartão, e lembre-se de retirá-lo do equipamento após finalizada a operação.
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