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Agricultores apostam em diferentes variedades de abacate para garantir colheita o ano todo no ES

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Agricultores apostam em diferentes variedades de abacate para garantir colheita o ano todo no ES
Venda Nova do Imigrante lidera produção no estado, que cresceu mais de 36% em 2023. Diferença de altitude é uma aliada na estratégia. Produtores investem em novas variedades para garantir abacates durante todo o ano
No alto das montanhas do Espírito Santo, produtores rurais estão conseguindo driblar a sazonalidade e garantir a produção de abacate o ano inteiro. O segredo está no investimento em diferentes variedades da fruta e no uso estratégico da geografia.
Variedades como o Geada, de São Paulo, e o Margarida, originário do norte do Paraná, além de frutos nativos do estado, podem ser encontrados em uma mesma propriedade capixaba. E, cultivados em altitudes diferentes, acabam sendo colhidos ao longo de todo o ano.
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Venda Nova do Imigrante, na região Sul, é o principal município produtor do estado. O clima tropical/subtropical e a localização nas montanhas, favorece o cultivo do fruto.
O doutor em entomologia e especialista na cultura do abacate, Maurício Fornazier, explicou porque esse conjunto de características geográficas é uma vantagem.
“A cultivar Geada, por exemplo, produz entre janeiro e março em altitudes de 700 a 800 metros. Já a Margarida, que é colhida entre setembro e novembro, pode fechar o ano se for plantada em regiões mais altas. Ou seja, unindo as áreas de menor e maior altitude, temos praticamente 365 dias de colheita”, explica o especialista.
Venda Nova do Imigrante é destaque na produção de abacate no Espírito Santo.
TV Gazeta
O Espírito Santo, foi o quarto maior produtor de abacate do Brasil em 2023, colheu 34.126 toneladas, um aumento de 36,55% em relação ao ano anterior.
Seis tipos de abacate em uma mesma propriedade
Na propriedade do agricultor Alberto Faqueto, em Venda Nova do Imigrante, seis variedades de abacate são cultivadas. De acordo com o produtor, para chegar nesse número foi preciso experimentação.
“Nós selecionamos 40 variedades e testamos. No final, sobraram seis. Quatro são da própria região, temos um quintal nativo, que se adaptou muito bem. E tem também o Geada e o Margarida”, relatou.
Agricultores apostam em diferentes variedades de abacate para garantir colheita o ano todo no Espírito Santo.
TV Gazeta
Faqueto também destacou que, embora o abacate não exija cuidados diários intensivos, é essencial monitorar a plantação.
“Semanalmente, pelo menos, a gente precisa passar na lavoura e observar o que está acontecendo. Sempre pode surgir alguma novidade”, diz.
A colheita ainda é majoritariamente manual. Os frutos mais baixos dos pés são retirados com as mãos, enquanto os mais altos precisam de uma vara com rede na ponta.
Diferença no período de colheita
Em propriedade com altitude de 600 metros, em média, a colheita começou em dezembro, seguindo até março.
“Antes do Natal, algumas roças já estavam colhendo o Geada e estava com uma qualidade muito boa, excelente, desenvolveu bem. Na maioria das roças 70% do geada já foi colhido, só fica com os pequenos que daqui uns dias vão também”, apontou o especialista, Maurício Fornazier.
Agricultores apostam em diferentes variedades de abacate para garantir colheita o ano todo no Espírito Santo.
TV Gazeta
Já na propriedade como a do produtor, Miguel Quaioto, que fica em uma região mais alta, em março, o abacate Geada ainda não estava sendo colhido.
"Aqui como é mais alto, aqui estamos a aproximadamente mil metros de altitude, a variedade Geada chega mais tarde aqui, ainda não estamos colhendo nenhum até agora”, relatou Quaioto.
Aliados naturais contra pragas
Para garantir uma colheita saudável, os produtores também apostam em consórcios com outras culturas. Na propriedade do Miguel, abacateiros, bananeiras e pés de café dividem espaço.
“A matéria orgânica de um serve para o outro. Um faz sombra, outro serve de barreira para pragas. É uma troca constante”, explicou.
Além disso, a diversidade no plantio atrai predadores naturais, como joaninhas e pássaros, que ajudam no controle biológico de pragas.
Consórcio da produção do abacate com o café e a banana é utilizado no Espírito Santo para proteger a produção de pragas.
TV Gazeta
Segundo Fornazier, atualmente, existem duas principais doenças que oferecem risco para produção de abacate.
Uma delas é a ferrugem do abacateiro, mas, essa tem a vantagem de não comprometer a qualidade do fruto, apenas na aparência.
“Essa doença precisa ser controlada pelo produtor quando o frutinho é novo, porque ela só dá no fruto novo e causa só a deterioração da aparência do abacate, o que a gente chama de conspurcação. Mas, se você pegar um abacate desse maduro, ele tá tão bom quanto qualquer abacate”, disse o especialista.
A broca do abacate é uma das principais doenças que oferece risco para produção da fruta no Espírito Santo.
TV Gazeta
Outro problema é a broca, que ataca desde a fruta nova até a época da colheita, e precisa ser considerada com mais atenção.
"Começa a ter uma pequena infestação, aí o produtor fala assim ‘tá tão pouco que não vou controlar’. Mas, quando chegar na cultivar que vem depois, a população desse inseto vai se multiplicando e crescendo. E quanto mais tarde o abacate produz, mais suscetível ele é para infestação da praga, é uma característica da cultivar, não há nada no manejo que possa ser feito”, indicou Fornazier.
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Clima indicado para não antecipar a colheita
O abacateiro cresce melhor em regiões de clima quente e úmido, com temperaturas entre 15°c e 30°c. Durante o desenvolvimento a planta precisa de bastante luz do sol.
Embora a cultura goste de chuva ao longo do ano, o excesso de água pode prejudicar a planta. A região serrana do Espírito Santo tem essas características.
Agricultores apostam em diferentes variedades de abacate para garantir colheita o ano todo no Espírito Santo.
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Mesmo com a seca maior que o previsto no ano passado, o coordenador do Incaper, Evaldo de Paulo, disse que a produtividade se manteve boa.
"Devido a fatores climáticos, a temperatura muito alta provocou a maturação mais precoce. Quando chegou o final do ano passado já não tinha praticamente abacate no mercado, e o preço foi lá em cima”, indicou.
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