Piracicaba é a cidade com maior número de acidentes com animais peçonhentos no estado de SP

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Foram 1.834 registros na metrópole em 2024. Maioria das ocorrências foi com escorpiões e envolvendo homens entre 20 e 39 anos. Maioria dos acidentes com animais peçonhentos envolvem escorpiões em Piracicaba
Reprodução/EPTV
Piracicaba (SP) fechou 2024 como a cidade do Estado de São Paulo com maior número de acidentes com animais peçonhentos. Foram 1.834 registros na metrópole. A maioria das ocorrências foi com escorpiões e envolvendo pessoas entre 20 e 39 anos.
Os dados são do painel de monitoramento de acidentes por animais peçonhentos, lançado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) nesta quinta-feira (15).
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No ranking estadual, aparecem na sequência Ribeirão Preto, com 1.579 casos, e Campinas, com 1.326.
Ao longo dos últimos dez anos, Piracicaba já ultrapassou a marca de 2 mil notificações por quatro vezes. Uma delas, foi em 2023. Neste ano, já foram 615 acidentes. Veja no quadro:
Maioria dos casos com escorpiões
Desde 2007 foram 26,9 mil notificações. Destas, 17,2 mil envolveram picadas de escorpião, o que representa 64% do total.
O que fazer em caso de acidente com escorpião em Piracicaba? Saiba onde buscar atendimento
Piracicaba é naturalmente endêmica para ocorrência natural de escorpiões, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde. Segundo a pasta, isso ocorre por conta da geografia, das condições hidrográficas, geológicas, climáticas e ambientais.
"Os escorpiões se adaptaram a utilizar a rede de esgoto como ambiente ideal para viver. Ali há fartura de alimento [baratas e outras pragas], condições ideais de umidade e temperatura e onde não há predadores para eles", explica a bióloga responsável pelo setor de sinantrópicos do Centro de Controles de Zoonoses (CCZ), Regina Lex Engel.
"Assim, vivem perfeitamente nesses locais, onde se abrigam, se reproduzem, se locomovem, e por onde têm acesso ao interior dos imóveis através dos ralos e sistemas de esgoto da cidade”, completa Regina.
Segundo análise da Secretaria de Estado da Saúde, o crescimento das cidades e as mudanças climáticas influenciam no cenário.
Faixa etária e sexo
Já em relação à faixa etária, a maioria das notificações é relacionada a pessoas entre 20 e 39 anos.
Em todas as faixas etárias, a maioria das vítimas são homens. Confira abaixo:
Caso Jamily
Das 26,9 mil notificações registradas na cidade desde 2007, em nove as vítimas não resistiram e morreram. Entre elas, está Jamily Vitória Duarte, de 5 anos, que morreu em agosto de 2023, após picada de escorpião. A família afirma que houve falha no atendimento à garota e o caso é investigado pela Polícia Civil e Ministério Público.
LEIA MAIS:
Prefeitura de Piracicaba diz que UPA tinha soro antiescorpiônico, mas desidratação dificultou aplicação em criança
Médica que atendeu Jamily diz a CPI que não sabia que havia soro em UPA
Enfermeira afirma que não teve treinamento para atuar em UPA
VÍDEO: mãe de vítima relata problemas em atendimento
CPI aponta supostas fraudes em prontuário e sequência de erros
Patrícia das Graças Adriana Duarte, mãe de Jamily, contou que após a filha sofrer a picada correu até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Vila Cristina, e só depois de mais de uma hora recebeu a informação de que não havia o soro antiescorpiônico na unidade.
A menina foi transferida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) até a Santa Casa, onde recebeu a medicação, mas o quadro já tinha se agravado e ela não resistiu.
Menina de 5 anos morre após ser picada por escorpião em Piracicaba
Dois dias após a morte de Jamily, a Prefeitura de Piracicaba afirmou que a UPA tinha soro antiescorpiônico, mas que não foi aplicado na menina porque ela estava desidratada, o que dificultava o acesso.
"Como a Santa Casa tem uma estrutura de referência, [e as equipes] optaram por bem levá-la diretamente à UTI", explicou o então secretário de Saúde, Douglas Yugi Koga.
Já a Associação Mahatma Gandhi, que administra a UPA, informou na ocasião que também abriu uma apuração sobre o caso assim que teve conhecimento sobre ele.
Jamily Vitória Duarte, de 5 anos, morreu após ser picada por escorpião em Piracicaba
Arquivo pessoal
VÍDEOS: tudo sobre Piracicaba e região
Veja mais notícias da região no g1 Piracicaba
Reprodução/EPTV
Piracicaba (SP) fechou 2024 como a cidade do Estado de São Paulo com maior número de acidentes com animais peçonhentos. Foram 1.834 registros na metrópole. A maioria das ocorrências foi com escorpiões e envolvendo pessoas entre 20 e 39 anos.
Os dados são do painel de monitoramento de acidentes por animais peçonhentos, lançado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) nesta quinta-feira (15).
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No ranking estadual, aparecem na sequência Ribeirão Preto, com 1.579 casos, e Campinas, com 1.326.
Ao longo dos últimos dez anos, Piracicaba já ultrapassou a marca de 2 mil notificações por quatro vezes. Uma delas, foi em 2023. Neste ano, já foram 615 acidentes. Veja no quadro:
Maioria dos casos com escorpiões
Desde 2007 foram 26,9 mil notificações. Destas, 17,2 mil envolveram picadas de escorpião, o que representa 64% do total.
O que fazer em caso de acidente com escorpião em Piracicaba? Saiba onde buscar atendimento
Piracicaba é naturalmente endêmica para ocorrência natural de escorpiões, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde. Segundo a pasta, isso ocorre por conta da geografia, das condições hidrográficas, geológicas, climáticas e ambientais.
"Os escorpiões se adaptaram a utilizar a rede de esgoto como ambiente ideal para viver. Ali há fartura de alimento [baratas e outras pragas], condições ideais de umidade e temperatura e onde não há predadores para eles", explica a bióloga responsável pelo setor de sinantrópicos do Centro de Controles de Zoonoses (CCZ), Regina Lex Engel.
"Assim, vivem perfeitamente nesses locais, onde se abrigam, se reproduzem, se locomovem, e por onde têm acesso ao interior dos imóveis através dos ralos e sistemas de esgoto da cidade”, completa Regina.
Segundo análise da Secretaria de Estado da Saúde, o crescimento das cidades e as mudanças climáticas influenciam no cenário.
Faixa etária e sexo
Já em relação à faixa etária, a maioria das notificações é relacionada a pessoas entre 20 e 39 anos.
Em todas as faixas etárias, a maioria das vítimas são homens. Confira abaixo:
Caso Jamily
Das 26,9 mil notificações registradas na cidade desde 2007, em nove as vítimas não resistiram e morreram. Entre elas, está Jamily Vitória Duarte, de 5 anos, que morreu em agosto de 2023, após picada de escorpião. A família afirma que houve falha no atendimento à garota e o caso é investigado pela Polícia Civil e Ministério Público.
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Patrícia das Graças Adriana Duarte, mãe de Jamily, contou que após a filha sofrer a picada correu até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Vila Cristina, e só depois de mais de uma hora recebeu a informação de que não havia o soro antiescorpiônico na unidade.
A menina foi transferida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) até a Santa Casa, onde recebeu a medicação, mas o quadro já tinha se agravado e ela não resistiu.
Menina de 5 anos morre após ser picada por escorpião em Piracicaba
Dois dias após a morte de Jamily, a Prefeitura de Piracicaba afirmou que a UPA tinha soro antiescorpiônico, mas que não foi aplicado na menina porque ela estava desidratada, o que dificultava o acesso.
"Como a Santa Casa tem uma estrutura de referência, [e as equipes] optaram por bem levá-la diretamente à UTI", explicou o então secretário de Saúde, Douglas Yugi Koga.
Já a Associação Mahatma Gandhi, que administra a UPA, informou na ocasião que também abriu uma apuração sobre o caso assim que teve conhecimento sobre ele.
Jamily Vitória Duarte, de 5 anos, morreu após ser picada por escorpião em Piracicaba
Arquivo pessoal
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