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Polícia investiga médico suspeito de injúria racial contra namorado da ex, em Poços de Caldas, MG

Polícia investiga médico suspeito de injúria racial contra namorado da ex, em Poços de Caldas, MG
Pintor denuncia médico por ofensas racistas em Poços de Caldas
A Polícia Civil instaurou um inquérito para investigar um caso de injúria racial registrado em Poços de Caldas (MG). O suspeito é um médico cardiologista de 55 anos, que teria enviado mensagens de áudio com expressões racistas para o próprio filho, de 10 anos, ao se referir ao atual namorado da mãe do menino.
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De acordo com o boletim de ocorrência, a vítima, Michel Barzagli, saiu com a namorada e um dos filhos dela para passear em um parque da cidade e, em seguida, foram tomar café. No local, encontraram o pai da criança. Michel contou que cumprimentou o menino e disse para ele que estaria por perto caso precisasse. Pouco depois, o garoto teria recebido áudios do pai com falas ofensivas.
Nos registros, o médico questiona: “Quem é aquele menino pretinho que "tava" com você lá? (...) Aquele moleque magro, pretinho, cara de nóia. (...) Se eu te pegar andando com esse povo eu vou mandar prender você e esse cara”. Em outro trecho, ele afirma não gostar “do tipo de gente” e orienta o filho a “tomar cuidado”.
Michel Barzagli denunciou o ex-marido de sua atual companheira por injúria racial após áudios de cunho racista
EPTV/Reprodução
Michel disse que se sentiu “extremamente humilhado, desmoralizado e ofendido”, ressaltando que não esperava esse tipo de comportamento. A mãe do menino, ex-mulher do médico e atual companheira de Michel, afirmou que já possui medidas protetivas contra o ex-marido.
O caso também foi encaminhado à Divisão de Políticas de Promoção de Igualdade Racial da Secretaria de Assistência Social, que ofereceu apoio psicológico e jurídico à vítima.
"Se as pessoas não tiverem empatia de se colocar no lugar do outro, vão parar em uma delegacia. É isso que a gente faz, é isso que a gente orienta. No caso do Michel, ele já tinha tomado essa atitude e agora nós estamos com ele", disse Nanci de Moraes, coordenadora do setor.
Para Michel, a atitude de denunciar e divulgar o ocorrido pode ajudar outras pessoas que passarem pela mesma situação.
"Penso eu que minha voz pode ser um início, para que outras vozes de pessoas que sofrem injúria racial ou qualquer outro tipo de preconceito tomem a iniciativa e denunciem também", declarou.
A Polícia Civil informou que a vítima já foi ouvida e que novas informações serão divulgadas conforme o avanço das investigações. A defesa do médico foi procurada, mas não respondeu até a última atualização desta reportagem.
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