'É resto de foguete da SpaceX lançado há 11 anos', conclui estudo sobre fenômeno visto no Leste e Norte de MG

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'Bola de fogo' foi vista por moradores de dezenas de cidades da região. BRAMON (Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros) confirma que se tratava da reentrada de um foguete Falcon 9, lançado em 2014 pela SpaceX. 'Bola de fogo' foi registradas por moradores de diversas áreas de MG
Na noite de terça-feira (14), moradores de diversas cidades dos Vales do Jequitinhonha, Mucuri e Rio Doce, em Minas Gerais, foram surpreendidos por um clarão no céu. A aparição, descrita por muitos como uma "bola de fogo", foi registrada em vídeos e rapidamente viralizou nas redes sociais (veja o vídeo acima).
Nesta quarta-feira (15), um estudo conduzido pela BRAMON (Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros) concluiu que o fenômeno foi provocado pela reentrada do segundo estágio de um foguete Falcon 9 da SpaceX, lançado em 5 de agosto de 2014, ou seja, há 11 anos.
As imagens feitas em diferentes pontos do estado mostram um rastro luminoso cruzando o céu de forma rápida e intensa. Entre as cidades onde o fenômeno foi observado estão: Almenara, Araçuaí, Bocaiúva, Capelinha, Inhapim, Ipatinga, Janaúba, Jequitinhonha, Lontra, Montes Claros, Palmópolis, Pedra Azul, Ponto dos Volantes, Rubim, Santa Maria do Suaçuí e Turmalina — a maioria localizada nas regiões Norte e Leste de Minas Gerais.
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Barulho chamou atenção em Jequitinhonha
Em Jequitinhonha, especificamente, alguns moradores relataram não apenas a visão do objeto, mas também a escuta de um forte barulho durante sua passagem. A informação foi confirmada por Marcelo Zurita, Diretor Técnico da BRAMON (Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros), entidade que analisou o evento:
"Houveram relatos de pessoas que ouviram um estrondo, um barulho, durante a passagem desse objeto. É importante a gente lembrar que objetos, quando eles passam muito alto, é difícil a gente ouvir esse tipo de barulho. Então, provavelmente, quem escutou esse barulho estava próximo da região final da trajetória final desse objeto."
Análise confirma: era o foguete Falcon 9
Imagem mostra momento da decolagem do foguete Falcon 9, da SpaceX, em Cabo Canaveral, na Flórida
Craig Bailey/Florida Today/AP
A BRAMON divulgou nesta terça-feira (14) uma análise detalhada que identifica o objeto como sendo o corpo do foguete Falcon 9, lançado em 5 de agosto de 2014 pela SpaceX.
"A partir das análises que a gente realizou em cima de vários vídeos que foram enviados para BRAMON nessa noite, a gente concluiu que foi a reentrada do corpo do foguete Falcon 9, que foi lançado em 5 de agosto de 2014."
O objeto passou anos em órbita e a previsão de reentrada, embora imprecisa, já existia. A BRAMON teve dificuldade inicial para identificar a origem exata do fenômeno, mas posteriormente seus cálculos foram confirmados por dois especialistas internacionais: Jonathan McDowell, astrônomo do Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics, e Joseph Rémy, cientista de dados e astrofísico.
Reentradas se tornarão cada vez mais comuns
O caso reacende o debate sobre o lixo espacial e a frequência de reentradas como essa. Marcelo Zurita alerta que, com o aumento do número de lançamentos, esse tipo de evento deve se tornar cada vez mais comum.
"É importante a gente lembrar que esse tipo de fenômeno vem ocorrendo numa frequência cada vez maior, visto a quantidade crescente de lançamentos que estão ocorrendo. Cada lançamento deixa alguns objetos em órbita como lixo espacial. (...) Nós estamos vendo uma quantidade muito grande de reentrada dos satélites da Starlink e já tem mais de 7.500 deles em órbita. Fenômenos como esse vão ser cada vez mais frequentes."
Apesar do espanto causado, o foguete não ofereceu risco à população:
"Provavelmente, se houveram destroços desse objeto, caíram no mar. Geralmente sobra um corpo de foguete, tem várias partes duras, resistentes, devem ter caído no mar e não oferecem nenhum risco a população em solo."
Reentradas espaciais têm se tornado mais frequentes
Segundo a BRAMON, fenômenos como o observado em Minas Gerais estão se tornando mais comuns devido ao número crescente de lançamentos espaciais ao redor do mundo. Cada missão pode deixar resíduos em órbita, como foguetes e satélites inativos, que eventualmente retornam à atmosfera.
"Estamos vendo uma quantidade muito grande de reentradas, principalmente de satélites da Starlink. Já são mais de 7.500 em órbita", explicou Marcelo Zurita, diretor técnico da rede. Ele afirma que a tendência é que esses episódios ocorram com ainda mais frequência nos próximos anos.
Vídeos do Leste e Nordeste de Minas Gerais
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Na noite de terça-feira (14), moradores de diversas cidades dos Vales do Jequitinhonha, Mucuri e Rio Doce, em Minas Gerais, foram surpreendidos por um clarão no céu. A aparição, descrita por muitos como uma "bola de fogo", foi registrada em vídeos e rapidamente viralizou nas redes sociais (veja o vídeo acima).
Nesta quarta-feira (15), um estudo conduzido pela BRAMON (Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros) concluiu que o fenômeno foi provocado pela reentrada do segundo estágio de um foguete Falcon 9 da SpaceX, lançado em 5 de agosto de 2014, ou seja, há 11 anos.
As imagens feitas em diferentes pontos do estado mostram um rastro luminoso cruzando o céu de forma rápida e intensa. Entre as cidades onde o fenômeno foi observado estão: Almenara, Araçuaí, Bocaiúva, Capelinha, Inhapim, Ipatinga, Janaúba, Jequitinhonha, Lontra, Montes Claros, Palmópolis, Pedra Azul, Ponto dos Volantes, Rubim, Santa Maria do Suaçuí e Turmalina — a maioria localizada nas regiões Norte e Leste de Minas Gerais.
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Barulho chamou atenção em Jequitinhonha
Em Jequitinhonha, especificamente, alguns moradores relataram não apenas a visão do objeto, mas também a escuta de um forte barulho durante sua passagem. A informação foi confirmada por Marcelo Zurita, Diretor Técnico da BRAMON (Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros), entidade que analisou o evento:
"Houveram relatos de pessoas que ouviram um estrondo, um barulho, durante a passagem desse objeto. É importante a gente lembrar que objetos, quando eles passam muito alto, é difícil a gente ouvir esse tipo de barulho. Então, provavelmente, quem escutou esse barulho estava próximo da região final da trajetória final desse objeto."
Análise confirma: era o foguete Falcon 9
Imagem mostra momento da decolagem do foguete Falcon 9, da SpaceX, em Cabo Canaveral, na Flórida
Craig Bailey/Florida Today/AP
A BRAMON divulgou nesta terça-feira (14) uma análise detalhada que identifica o objeto como sendo o corpo do foguete Falcon 9, lançado em 5 de agosto de 2014 pela SpaceX.
"A partir das análises que a gente realizou em cima de vários vídeos que foram enviados para BRAMON nessa noite, a gente concluiu que foi a reentrada do corpo do foguete Falcon 9, que foi lançado em 5 de agosto de 2014."
O objeto passou anos em órbita e a previsão de reentrada, embora imprecisa, já existia. A BRAMON teve dificuldade inicial para identificar a origem exata do fenômeno, mas posteriormente seus cálculos foram confirmados por dois especialistas internacionais: Jonathan McDowell, astrônomo do Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics, e Joseph Rémy, cientista de dados e astrofísico.
Reentradas se tornarão cada vez mais comuns
O caso reacende o debate sobre o lixo espacial e a frequência de reentradas como essa. Marcelo Zurita alerta que, com o aumento do número de lançamentos, esse tipo de evento deve se tornar cada vez mais comum.
"É importante a gente lembrar que esse tipo de fenômeno vem ocorrendo numa frequência cada vez maior, visto a quantidade crescente de lançamentos que estão ocorrendo. Cada lançamento deixa alguns objetos em órbita como lixo espacial. (...) Nós estamos vendo uma quantidade muito grande de reentrada dos satélites da Starlink e já tem mais de 7.500 deles em órbita. Fenômenos como esse vão ser cada vez mais frequentes."
Apesar do espanto causado, o foguete não ofereceu risco à população:
"Provavelmente, se houveram destroços desse objeto, caíram no mar. Geralmente sobra um corpo de foguete, tem várias partes duras, resistentes, devem ter caído no mar e não oferecem nenhum risco a população em solo."
Reentradas espaciais têm se tornado mais frequentes
Segundo a BRAMON, fenômenos como o observado em Minas Gerais estão se tornando mais comuns devido ao número crescente de lançamentos espaciais ao redor do mundo. Cada missão pode deixar resíduos em órbita, como foguetes e satélites inativos, que eventualmente retornam à atmosfera.
"Estamos vendo uma quantidade muito grande de reentradas, principalmente de satélites da Starlink. Já são mais de 7.500 em órbita", explicou Marcelo Zurita, diretor técnico da rede. Ele afirma que a tendência é que esses episódios ocorram com ainda mais frequência nos próximos anos.
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