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Cobertura vacinal de crianças brasileiras registra queda em 10 anos, mostra relatório

Cobertura vacinal de crianças brasileiras registra queda em 10 anos, mostra relatório
Em 2023, nenhum estado conseguiu atingir a meta de cobertura para as quatro principais vacinas aplicadas até 1 ano de idade. Relatório mostra que vacinação infantil ainda é desafio no Brasil
Um relatório do Instituto Questão de Ciência mostra um desafio que o Brasil tem para ampliar a vacição de um grupo prioritário: as crianças.
A Helena e a Beatriz estão com a carteirinha de vacinação em dia. A mãe segue à risca o Calendário Nacional.
“Não deixo passar nenhuma, porque é a melhor forma de evitar doenças”, afirma a empresária Alandrea Carolina Cardoso.
Mas esse não tem sido um comportamento tão comum. É o que mostra o Anuário Vacina BR, que consolida séries históricas oficiais da vacinação infantil no país. Em 2023, último ano considerado no levantamento, nenhum estado conseguiu atingir a meta de cobertura para as quatro principais vacinas aplicadas até 1 ano de idade: pentavalente, poliomielite, pneumocócica e a tríplice viral. Considerando apenas a tríplice viral, somente quatro estados alcançaram a cobertura de 95%. A queda vem sendo contínua. Em 2013, foram dez os estados que atingiram a meta em três das quatro vacinas.
“Essa iniciativa de fazer um compilado da série histórica pode ajudar sendo instrumento de gestão para que tomadores de decisão consigam compreender como o fenômeno se desdobra, e a gente possa trabalhar para melhorar os índices de imunização no país”, afirma Paulo Almeida, diretor-executivo do Instituto Questão de Ciência.
Segundo o relatório, o percentual de municípios que atingiu a cobertura-alvo nem chegou a 43% em 2013. Na pandemia, em 2021, o índice foi o pior da série: 18%. Os dados de 2023 mostram uma recuperação, mas ainda longe do ideal: 32%. E há enormes variações. A cobertura pode ir de 95% a menos de 50% entre cidades vizinhas.
“O Brasil ainda não alcançou as metas preconizadas pelo programa nacional de imunização para nenhuma vacina infantil exatamente por conta desses bolsões”, diz Luciana Phebo, chefe de Saúde do Unicef no Brasil.
O relatório mostra ainda que vacinas que exigem mais de uma dose enfrentam altos índices de abandono. A cobertura cai muito da primeira para as doses seguintes e para os reforços. É o caso das vacinas contra sarampo, caxumba e rubéola, em que o abandono superou 50% em vários estados. O Ministério da Saúde diz que vem trabalhando para mudar esse cenário.
“Em primeiro lugar, a retomada do programa de vacinação nas escolas. Segunda ação estratégica: a retomada do Dia D nacional de Vacinação, que fizemos em 2025. A ação que o Ministério da Saúde está fazendo este ano de levar o Zé Gotinha para todos os lugares do país”, diz o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
A epidemiologista Jandira Campos Lemos, representante da Sociedade Brasileira de Imunizações em Minas Gerais, reforça a importância da vacinação para evitar a volta de doenças já eliminadas no país:
“Então, aos jovens pais que não viram essas doenças - como sarampo, difteria, coqueluche -, eles têm que pensar: eles estão vivos porque foram vacinados. E agora é o momento de proteger seus filhos”.
Relatório mostra que vacinação infantil ainda é desafio no Brasil
Reprodução/TV Globo

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