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13h

Exportações de frango do Brasil caem 12,9% em maio após caso de gripe aviária em granja comercial

Exportações de frango do Brasil caem 12,9% em maio após caso de gripe aviária em granja comercial
Queda reflete embargos de países à carne brasileira, incluindo a China, maior cliente do país. Exportações de frango caíram em maio, principalmente para a China.
Reprodução/RPC
As exportações de frango do Brasil caíram 12,9% em maio, em relação a igual mês de 2024, para 393,4 mil toneladas, após o caso de gripe aviária em uma granja comercial, em Montenegro (RS), no dia 15.
Os dados foram divulgados pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), nesta sexta-feira (6).
Por causa da doença, 20 países e a União Europeia estão sem comprar o produto de todo o Brasil, incluindo a China, maior cliente do país. Foi para esse país, inclusive, que as vendas mais caíram (-28%) em maio.
As exportações para a África do Sul (-20,5%) e México (-18,8%), que também bloquearam totalmente o Brasil, também caíram.
Para a União Europeia, aconteceu um movimento inverso, e as vendas cresceram 46,2% no mês.
“A queda nos volumes embarcados ocorreu dentro do projetado pelo setor, considerando as suspensões decorrentes após o registro do foco de Influenza Aviária em granja comercial, situação esta que já foi resolvida", disse o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
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"As vendas para China, África do Sul e México retraíram nos patamares esperados. No caso da União Europeia, as vendas para o mercado vinham em ritmo consideravelmente elevado, o que justifica a alta, mesmo com a autossuspensão aplicada na segunda quinzena de maio”, avalia.
Outros países fizeram bloqueios parciais ao Brasil, como os Emirados Árabes e o Japão – segundo e terceiro maiores importadores, respectivamente. Eles restringiram apenas as compras de Montenegro. Veja lista completa de embargos.
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Casos no Brasil
Desde o início deste ano, 451 suspeitas de gripe aviária foram investigadas, entre aves de granja comercial, silvestres e de criação doméstica. Cinco casos foram confirmados:
dois em Montenegro, sendo o único em granja e um segundo em aves silvestres (joão-de-barro);
dois em aves de zoológicos, em Brasília (patos) e Sapucaia/RS (cisnes);
e um quinto foco em aves silvestres (cisnes) em Mateus Leme (MG).
Apenas casos confirmados em granjas comerciais, como o de Montenegro (RS), levam os países a bloquearem as importações.
O caso no município do RS foi o primeiro a ser registrado em uma granja comercial no Brasil. A gripe aviária chegou ao país em 2023 e, até maio deste ano, só havia atingido aves silvestres e de criação doméstica.
Novo caso
Na quarta-feira (4), o ministério informou que há um novo caso suspeito de H5N1 (o vírus causador da doença) em uma granja comercial que está sendo investigado, em Teutônia (RS), que fica a 50 km de Montenegro.
"Foram identificados alguns animais que chegaram no abatedouro com alguns sintomas. A amostra foi colhida, encaminhada ao laboratório e vamos aguardar o resultado. É uma investigação em andamento", disse o diretor substituto do Departamento de Saúde Animal, Bruno Cotta.
Outras três suspeitas de gripe aviária em granjas comerciais que surgiram após o foco em Montenegro foram descartadas. Elas estavam localizadas em Ipumirim (SC), Aguiarnópolis (TO) e Anta Gorda (RS).

“Mesmo com as suspensões aplicadas pelos cerca de 20 mercados, incluindo alguns dos principais destinos das exportações de carne de frango, os embarques se mantiveram próximos das 400 mil toneladas. O impacto, até aqui, foi proporcionalmente menor em relação à relevância no histórico de importações dos países com suspensões aplicadas. Esse é um indicativo de que o redirecionamento de cargas está ocorrendo como forma de manter o fluxo dos embarques no mercado internacional”, ressalta o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

No ano (janeiro a maio), o volume exportado chegou a 2,256 milhões de toneladas, número 4,8% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, com 2,152 milhões de toneladas.

Já a receita registrada nos cinco primeiros meses deste ano chegou a US$ 4,234 bilhões, saldo 10,18% superior ao alcançado no mesmo período de 2024, com US$ 3,842 bilhões.

Entre os mercados que influenciaram o resultado das exportações de maio estão a China, com importações de 35,8 mil toneladas (-28% em relação ao mesmo período do ano anterior), África do Sul, com 25,5 mil toneladas (-20,5%) e México, com 16,6 mil toneladas exportadas (-18,8%). Ao mesmo tempo, as exportações para a União Europeia cresceram 46,2%, com 24,8 mil toneladas registradas no mês.

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