Admiradores se despedem de Sebastião Salgado em exposição do artista no Recife: 'Parecia alguém próximo a mim'

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Mostra 'Gold — Mina de Ouro Serra Pelada' reúne imagens produzidas pelo artista no garimpo que devastou o interior do Pará nos anos 1980. Fotógrafo morreu nesta sexta (23), aos 81 anos. Admiradores se despedem de Sebastião Salgado em exposição no Recife
Morto nesta sexta-feira (23) aos 81 anos, o fotógrafo Sebastião Salgado deixou uma obra que chama atenção pela precisão estética com que retrata a realidade. No dia de sua morte, uma exposição organizada por ele, que já estava em cartaz desde março, atraiu curiosos e admiradores à Caixa Cultural do Recife, no Centro histórico da cidade.
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A mostra "Gold — Mina de Ouro Serra Pelada", organizada pela esposa do fotógrafo, a designer Lélia Salgado, reúne 50 imagens em preto e branco produzidas pelo artista no garimpo que devastou o interior do Pará na década de 1980. A exposição, que roda o país, fica disponível no Recife até 29 de junho. Em agosto, vai para Fortaleza.
A advogada trabalhista Anita Moura disse que ficou apaixonada pelo trabalho de Sebastião Salgado quando assistiu ao documentário "O sal da terra", sobre a obra dele.
"O que eu mais lembro é do filme. Tenho alguns livros [de fotografias]. [...] Fiquei arrasada, parecia alguém que era próximo a mim", afirmou Anita.
Ela contou que tinha saído para almoçar com o namorado, o médico Filipe Mosca, e estava no caminho quando ouviu a notícia pelo rádio.
"Sabia da exposição, já queria vir e falei: 'não, tenho que ir hoje'. [...] Acho que ele retrata muito bem a pessoa humana. Só com imagem, você consegue sentir muito do que aquela pessoa está sentindo e acho fenomenal", declarou a advogada.
Filipe também admira a obra do fotógrafo. "Acho o estilo dele muito peculiar, essas fotos muito contrastadas. São fotos que você olha e já percebe que são dele", comentou.
Exposição 'Gold – Mina de Ouro Serra Pelada', de Sebastião Salgado
Artur Ferraz/g1
Referência e criatividade
Entre as fotografias que retratam a exploração dos trabalhadores e a destruição de Serra Pelada, o estudante de design Ricardo Ximenes disse que já tinha visto a exposição no começo do ano e resolveu revisitar a mostra quando soube da morte dele.
"Só senti que poderia ser interessante vir de novo. Gosto muito de Sebastião Salgado. [...] Acho que a fotografia de Sebastião, de certa forma, comunica muito da pessoa criativa que quero ser. E é interessante porque a fotografia é meio que uma arte que consegue falar tanto com tão pouco", afirmou.
O servidor público Raimundo Patriota estava com um amigo no Bairro do Recife e resolveu visitar a exposição. Quando estava entrando no museu, o amigo falou a notícia que recebia no celular.
"Falei que era mentira. Falei: 'você está mentindo, deixe de brincadeira'. Ele falou: 'é verdade'. Ele abriu o g1 e mostrou", contou.
Para Raimundo, as fotos de Sebastião Salgado têm um estilo único.
"Ele tem uma temática bem legal, de você colocar um ponto. Pode ser até uma coisa ampla e você não consegue distinguir o que é perna, o que é sapo, o que é terra. Ele consegue, nas fotos que amplia, fazer você pensar ou, num zoom, mostrar um detalhe de um rosto, de um sofrimento ou de uma cena como tem na natureza", descreveu.
Veja momentos da carreira do fotógrafo
Homenagem
Segundo a gerente da Caixa Cultural Recife, Raquel Afonso Gomes, o espaço programa duas ações para homenagear Sebastião Salgado. Uma delas é a oficina "Fotojornalismo, arte e memória cultural nas imagens da exposição 'Gold'", que acontece no dia 12 de junho, das 19h30 às 21h, com a professora Daniela Bracchi.
O outro evento que está sendo preparado é o passeio "Arruando pelo Recife - Especial Sebastião Salgado". Na ocasião, o público é convidado a discutir a obra do artista enquanto caminha pelas ruas do Centro histórico. A data e o horário do encontro ainda serão definidos.
"Sebastião tinha um olhar muito peculiar sobre a vida humana, sobre a condição e existência do ser humano. Em qualquer lugar que ele fosse, ele se misturava à realidade, ao cotidiano, conversava com as pessoas, agia como elas. [...] Ele conseguiu captar um pouco desse sofrimento, um pouco dessa realidade em 1986, ano em que passou pela mina de Serra Pelada", afirmou Raquel Gomes.
Exposição do Sebastião Salgado sobre o garimpo na mina de ouro Serra Pelada está em cartaz no Recife
VÍDEOS: mais vistos de Pernambuco nos últimos 7 dias
Morto nesta sexta-feira (23) aos 81 anos, o fotógrafo Sebastião Salgado deixou uma obra que chama atenção pela precisão estética com que retrata a realidade. No dia de sua morte, uma exposição organizada por ele, que já estava em cartaz desde março, atraiu curiosos e admiradores à Caixa Cultural do Recife, no Centro histórico da cidade.
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A mostra "Gold — Mina de Ouro Serra Pelada", organizada pela esposa do fotógrafo, a designer Lélia Salgado, reúne 50 imagens em preto e branco produzidas pelo artista no garimpo que devastou o interior do Pará na década de 1980. A exposição, que roda o país, fica disponível no Recife até 29 de junho. Em agosto, vai para Fortaleza.
A advogada trabalhista Anita Moura disse que ficou apaixonada pelo trabalho de Sebastião Salgado quando assistiu ao documentário "O sal da terra", sobre a obra dele.
"O que eu mais lembro é do filme. Tenho alguns livros [de fotografias]. [...] Fiquei arrasada, parecia alguém que era próximo a mim", afirmou Anita.
Ela contou que tinha saído para almoçar com o namorado, o médico Filipe Mosca, e estava no caminho quando ouviu a notícia pelo rádio.
"Sabia da exposição, já queria vir e falei: 'não, tenho que ir hoje'. [...] Acho que ele retrata muito bem a pessoa humana. Só com imagem, você consegue sentir muito do que aquela pessoa está sentindo e acho fenomenal", declarou a advogada.
Filipe também admira a obra do fotógrafo. "Acho o estilo dele muito peculiar, essas fotos muito contrastadas. São fotos que você olha e já percebe que são dele", comentou.
Exposição 'Gold – Mina de Ouro Serra Pelada', de Sebastião Salgado
Artur Ferraz/g1
Referência e criatividade
Entre as fotografias que retratam a exploração dos trabalhadores e a destruição de Serra Pelada, o estudante de design Ricardo Ximenes disse que já tinha visto a exposição no começo do ano e resolveu revisitar a mostra quando soube da morte dele.
"Só senti que poderia ser interessante vir de novo. Gosto muito de Sebastião Salgado. [...] Acho que a fotografia de Sebastião, de certa forma, comunica muito da pessoa criativa que quero ser. E é interessante porque a fotografia é meio que uma arte que consegue falar tanto com tão pouco", afirmou.
O servidor público Raimundo Patriota estava com um amigo no Bairro do Recife e resolveu visitar a exposição. Quando estava entrando no museu, o amigo falou a notícia que recebia no celular.
"Falei que era mentira. Falei: 'você está mentindo, deixe de brincadeira'. Ele falou: 'é verdade'. Ele abriu o g1 e mostrou", contou.
Para Raimundo, as fotos de Sebastião Salgado têm um estilo único.
"Ele tem uma temática bem legal, de você colocar um ponto. Pode ser até uma coisa ampla e você não consegue distinguir o que é perna, o que é sapo, o que é terra. Ele consegue, nas fotos que amplia, fazer você pensar ou, num zoom, mostrar um detalhe de um rosto, de um sofrimento ou de uma cena como tem na natureza", descreveu.
Veja momentos da carreira do fotógrafo
Homenagem
Segundo a gerente da Caixa Cultural Recife, Raquel Afonso Gomes, o espaço programa duas ações para homenagear Sebastião Salgado. Uma delas é a oficina "Fotojornalismo, arte e memória cultural nas imagens da exposição 'Gold'", que acontece no dia 12 de junho, das 19h30 às 21h, com a professora Daniela Bracchi.
O outro evento que está sendo preparado é o passeio "Arruando pelo Recife - Especial Sebastião Salgado". Na ocasião, o público é convidado a discutir a obra do artista enquanto caminha pelas ruas do Centro histórico. A data e o horário do encontro ainda serão definidos.
"Sebastião tinha um olhar muito peculiar sobre a vida humana, sobre a condição e existência do ser humano. Em qualquer lugar que ele fosse, ele se misturava à realidade, ao cotidiano, conversava com as pessoas, agia como elas. [...] Ele conseguiu captar um pouco desse sofrimento, um pouco dessa realidade em 1986, ano em que passou pela mina de Serra Pelada", afirmou Raquel Gomes.
Exposição do Sebastião Salgado sobre o garimpo na mina de ouro Serra Pelada está em cartaz no Recife
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