Prefeitura e vereadores de Pouso Alegre pedem anulação de votação que aprovou cortes de cargos comissionados

Emenda retirava 26 das 33 novas posições propostas para a reforma administrativa do município. Parlamentares alegam confusão na votação e conduta antiética de colegas. Prefeitura e vereadores de Pouso Alegre questionam emenda da reforma administrativa
Um grupo de vereadores da Câmara Municipal de Pouso Alegre protocolou um recurso pedindo a anulação da votação que aprovou, em 29 de maio, a reforma administrativa proposta pela prefeitura com apenas 20% dos cargos originalmente solicitados. A medida aprovada incluiu uma emenda que suprimiu 26 das 33 novas posições comissionadas previstas no projeto do Executivo.
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Aprovado por 10 votos, incluindo votos de parlamentares da base do prefeito José Dimas da Silva Fonseca (Republicanos), o texto final desagradou à administração municipal. Quatro vereadores recorreram contra a votação, alegando que foram induzidos ao erro por manobra da oposição, que teria votado contra a própria emenda de forma dolosa, causando confusão no plenário.
"Este comportamento fere frontalmente a ética parlamentar, o decoro, a moralidade, a boa fé e os princípios da publicidade e da legalidade", afirma o texto do recurso, que pede "a abertura de procedimento interno de natureza ética-disciplinar, visando a apuração detalhada das condutas praticadas e, se for o caso, a aplicação das penalidades cabíveis aos vereadores envolvidos".
O documento cita ainda a existência de um parecer contrário à emenda, feito pela da comissão de Legislação, Justiça e Redação.
Câmara de Vereadores de Pouso Alegre
Câmara de Vereadores de Pouso Alegre
Prefeitura também pediu anulação
Em paralelo, a Prefeitura de Pouso Alegre encaminhou à Câmara, na segunda-feira (2), um ofício pedindo a nulidade da votação. O Executivo argumenta que houve supostas violações do regimento interno da Câmara na tramitação do projeto.
Assim como o recurso dos vereadores, cita o parecer da comissão de Legislação, Justiça e Redação foi contrário à emenda, mas foi derrubado pelo plenário.
Segundo a prefeitura, não houve quórum suficiente para derrubar o parecer da comissão, o que, em tese, deveria ter impedido a votação da emenda.
Câmara analisa pedidos
De acordo com o diretor jurídico da Câmara Municipal, Edson Raimundo Rosa Júnior, o pedido de nulidade não cabe à prefeitura, uma vez que, segundo a Lei Orgânica do Município, cabe ao Executivo apenas sancionar ou vetar a matéria aprovada pelo Legislativo.
“A função do Executivo, após aprovada a legislação, é analisar se ela vai ser promulgada, se ela vai ser sancionada ou se ela vai ser vetada. A tentativa do Executivo é no sentido de que seja reapreciado com base nesses argumentos de nulidade. Há uma confusão porque compreenderia essa atuação do Executivo e não discutir se haveria realmente uma nulidade”, explicou.
Já o pedido dos vereadores foi encaminhado para o jurídico, que proferir um parecer sobre a admissibilidade do recurso ainda essa semana.
Entenda o caso
Câmara de Pouso Alegre aprova reforma administrativa
Na sessão de 29 de maio, a Câmara de Vereadores de Pouso Alegre (MG) aprovou a reforma administrativa, mas com um texto diferente do proposto pela prefeitura, autora do projeto. O texto aprovado autorizou a criação de apenas sete cargos comissionados, ao invés dos 33 desejados no projeto enviado pelo Executivo, em 27 de março.
A emenda que retirava 26 cargos comissionados foi apresentada pelo vereador Israel Russo (União) e recebeu 10 dos 13 votos a favor de sua aprovação, mas, curiosamente, o seu autor votou contra a própria proposta.
Câmara Municipal de Pouso Alegre apurou caso no ano passado
Reprodução EPTV
Ele e outro vereador de oposição foram os primeiros a votar. Em seguida, os vereadores da base do prefeito votaram de forma contrária a eles.
Da maneira que foi aprovada, a reforma administrativa fica assim:
criação de quatro secretarias municipais: Secretarias de Defesa Social, que será responsável pela nova GCM, Cultura, Esportes, e Licitações e Contratações Públicas
elevação de três superintendências ao status de secretaria;
criação de duas novas superintendências e um departamento;
criação de sete novos cargos comissionados, voltados a áreas prioritárias;
A nova formatação representa uma economia de R$ 1,77 milhão em três anos aos cofres públicos.
Após a votação, o projeto de lei foi encaminhado para a sanção ou veto do prefeito José Dimas da Silva Fonseca.
Veja mais notícias da região no g1 Sul de Minas
Um grupo de vereadores da Câmara Municipal de Pouso Alegre protocolou um recurso pedindo a anulação da votação que aprovou, em 29 de maio, a reforma administrativa proposta pela prefeitura com apenas 20% dos cargos originalmente solicitados. A medida aprovada incluiu uma emenda que suprimiu 26 das 33 novas posições comissionadas previstas no projeto do Executivo.
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Aprovado por 10 votos, incluindo votos de parlamentares da base do prefeito José Dimas da Silva Fonseca (Republicanos), o texto final desagradou à administração municipal. Quatro vereadores recorreram contra a votação, alegando que foram induzidos ao erro por manobra da oposição, que teria votado contra a própria emenda de forma dolosa, causando confusão no plenário.
"Este comportamento fere frontalmente a ética parlamentar, o decoro, a moralidade, a boa fé e os princípios da publicidade e da legalidade", afirma o texto do recurso, que pede "a abertura de procedimento interno de natureza ética-disciplinar, visando a apuração detalhada das condutas praticadas e, se for o caso, a aplicação das penalidades cabíveis aos vereadores envolvidos".
O documento cita ainda a existência de um parecer contrário à emenda, feito pela da comissão de Legislação, Justiça e Redação.
Câmara de Vereadores de Pouso Alegre
Câmara de Vereadores de Pouso Alegre
Prefeitura também pediu anulação
Em paralelo, a Prefeitura de Pouso Alegre encaminhou à Câmara, na segunda-feira (2), um ofício pedindo a nulidade da votação. O Executivo argumenta que houve supostas violações do regimento interno da Câmara na tramitação do projeto.
Assim como o recurso dos vereadores, cita o parecer da comissão de Legislação, Justiça e Redação foi contrário à emenda, mas foi derrubado pelo plenário.
Segundo a prefeitura, não houve quórum suficiente para derrubar o parecer da comissão, o que, em tese, deveria ter impedido a votação da emenda.
Câmara analisa pedidos
De acordo com o diretor jurídico da Câmara Municipal, Edson Raimundo Rosa Júnior, o pedido de nulidade não cabe à prefeitura, uma vez que, segundo a Lei Orgânica do Município, cabe ao Executivo apenas sancionar ou vetar a matéria aprovada pelo Legislativo.
“A função do Executivo, após aprovada a legislação, é analisar se ela vai ser promulgada, se ela vai ser sancionada ou se ela vai ser vetada. A tentativa do Executivo é no sentido de que seja reapreciado com base nesses argumentos de nulidade. Há uma confusão porque compreenderia essa atuação do Executivo e não discutir se haveria realmente uma nulidade”, explicou.
Já o pedido dos vereadores foi encaminhado para o jurídico, que proferir um parecer sobre a admissibilidade do recurso ainda essa semana.
Entenda o caso
Câmara de Pouso Alegre aprova reforma administrativa
Na sessão de 29 de maio, a Câmara de Vereadores de Pouso Alegre (MG) aprovou a reforma administrativa, mas com um texto diferente do proposto pela prefeitura, autora do projeto. O texto aprovado autorizou a criação de apenas sete cargos comissionados, ao invés dos 33 desejados no projeto enviado pelo Executivo, em 27 de março.
A emenda que retirava 26 cargos comissionados foi apresentada pelo vereador Israel Russo (União) e recebeu 10 dos 13 votos a favor de sua aprovação, mas, curiosamente, o seu autor votou contra a própria proposta.
Câmara Municipal de Pouso Alegre apurou caso no ano passado
Reprodução EPTV
Ele e outro vereador de oposição foram os primeiros a votar. Em seguida, os vereadores da base do prefeito votaram de forma contrária a eles.
Da maneira que foi aprovada, a reforma administrativa fica assim:
criação de quatro secretarias municipais: Secretarias de Defesa Social, que será responsável pela nova GCM, Cultura, Esportes, e Licitações e Contratações Públicas
elevação de três superintendências ao status de secretaria;
criação de duas novas superintendências e um departamento;
criação de sete novos cargos comissionados, voltados a áreas prioritárias;
A nova formatação representa uma economia de R$ 1,77 milhão em três anos aos cofres públicos.
Após a votação, o projeto de lei foi encaminhado para a sanção ou veto do prefeito José Dimas da Silva Fonseca.
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