Promessa de complexo hospitalar municipal ainda não foi cumprida e fila de espera na saúde de Sorocaba só aumenta

Somente a obra da construção de uma policlínica ainda está em andamento e a promessa é de que a entrega será em fevereiro de 2026. Prefeito vetou projeto de lei sobre transparência na fila da saúde. A construção de um complexo hospitalar municipal em Sorocaba (SP), promessa nas duas campanhas de Rodrigo Manga (Republicanos), ainda não foi efetivada. Somente a obra da construção de uma policlínica está em andamento, com promessa de entrega em fevereiro de 2026.
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Construção de policlínica em Sorocaba faz parte de complexo hospitalar que ainda não saiu do papel
Reprodução/TV TEM
O anúncio do novo hospital foi o primeiro evento oficial do mandato de Rodrigo Manga fora do Paço Municipal, em 2021. O prefeito assinou dois decretos sobre o tema, sendo que um deles revogou a concessão para uso da área da antiga empresa TCS como garagem de ônibus do BRT.
Manga estimou, à época, que a construção do complexo municipal de saúde custaria em torno de R$ 50 milhões.
Enquanto o hospital não sai, as filas de espera para exames e consultas na cidade só aumentam. A dona de casa Carmem Nunes da Silva tem um filho com deficiência que precisa passar pelo oftalmologista.
“E tem uma guia dele no posto que estou esperando, se não me engano, há quase três anos, ou até mais. E sempre vou ver a posição da guia dele e já pedi para agendarem a consulta, e eles falam que 'não porque é especial que vai passar na frente' e nisso vai se arrastando”, conta.
Além da questão da falta de transparência sobre como está a posição na fila, há casos em que os nomes dos pacientes desaparecem da lista.
“Meu nome simplesmente sumiu da lista, diz que meu nome não consta na lista e eu estou com todos os meus exames parados. O ortopedista já me deu alta porque diz que com ele não não há mais nada o que fazer. E eu não consigo marcar clínico geral também. Eu teria que começar tudo do zero. É um descaso tão grande, tão grande, que eu fico sem reação.”
Ela também comenta sobre qual foi a reação de uma funcionária de uma unidade de saúde quando questionou a situação. “A única coisa que a atendente me disse é que 'tem mais gente bem pior do que você'", afirma.
O que diz a prefeitura
Manga anuncia, em 2021, que antiga garagem da TCS receberia complexo hospitalar em Sorocaba
Prefeitura de Sorocaba/Divulgação
A Prefeitura de Sorocaba respondeu que o edital referente à fase I da obra do Hospital Municipal da Zona Norte foi lançado em 2023. “Importante destacar que o projeto não se resume apenas à construção de um hospital, mas sim à implantação de um Complexo Hospitalar, que incluirá, além do Hospital Geral, uma Policlínica Regional e outros serviços complementares de saúde, voltados à média complexidade e à atenção especializada”, afirma o texto, sem informar quando eles serão concluídos.
“A obra está sendo executada em etapas, e a fase I, que contempla as estruturas iniciais do hospital, segue em consonância com o cronograma físico-financeiro estabelecido, com previsão de entrega até fevereiro de 2026, conforme anunciado”, garante.
“A Prefeitura de Sorocaba tem atuado para ampliar a disponibilidade de vagas, tanto por meio da valorização da capacidade instalada dos prestadores locais já contratualizados, quanto pelo desenvolvimento de novas parcerias estratégicas com instituições aptas a atender pelo SUS”, complementa o texto.
Sobre os pacientes, a prefeitura informou que eles “estão sendo acompanhados com atenção pela rede municipal. As Unidades Básicas de Saúde (UBS) envolvidas estão disponíveis para informar o andamento da regulação e os fluxos assistenciais correspondentes”.
Veto
Vereador Dylan Dantas (PL), de Sorocaba (SP)
Reprodução/TV TEM
O vereador Dylan Dantas (PL) comentou sobre o projeto que trata da questão da transparência na fila de espera da saúde e que foi vetado pelo prefeito Rodrigo Manga. “Considerando os últimos quatro anos, as filas mais do que dobraram. Recebemos constantemente os munícipes em nosso gabinete, as suas denúncias, as suas manifestações, dizendo que estão aguardando até dois anos para fazer um exame de ultrassom, que é um exame de imagens, um exame simples", lembra.
“Agora, considerando as filas para consultas com especialistas, exames de imagens, principalmente, as filas de cirurgias na cidade de Sorocaba, elas dobraram. Estamos aguardando mutirões da cidade desde o mandato passado, o que não vem ocorrendo. O nosso projeto busca dar mais transparência e publicidade, à divulgação e o detalhamento por especialidade, a quantidade de pessoas na fila e a evolução dessas filas, se reduziu, se aumentou”, afirma.
O veto deve ser analisado pela Câmara em 16 de junho.
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Construção de policlínica em Sorocaba faz parte de complexo hospitalar que ainda não saiu do papel
Reprodução/TV TEM
O anúncio do novo hospital foi o primeiro evento oficial do mandato de Rodrigo Manga fora do Paço Municipal, em 2021. O prefeito assinou dois decretos sobre o tema, sendo que um deles revogou a concessão para uso da área da antiga empresa TCS como garagem de ônibus do BRT.
Manga estimou, à época, que a construção do complexo municipal de saúde custaria em torno de R$ 50 milhões.
Enquanto o hospital não sai, as filas de espera para exames e consultas na cidade só aumentam. A dona de casa Carmem Nunes da Silva tem um filho com deficiência que precisa passar pelo oftalmologista.
“E tem uma guia dele no posto que estou esperando, se não me engano, há quase três anos, ou até mais. E sempre vou ver a posição da guia dele e já pedi para agendarem a consulta, e eles falam que 'não porque é especial que vai passar na frente' e nisso vai se arrastando”, conta.
Além da questão da falta de transparência sobre como está a posição na fila, há casos em que os nomes dos pacientes desaparecem da lista.
“Meu nome simplesmente sumiu da lista, diz que meu nome não consta na lista e eu estou com todos os meus exames parados. O ortopedista já me deu alta porque diz que com ele não não há mais nada o que fazer. E eu não consigo marcar clínico geral também. Eu teria que começar tudo do zero. É um descaso tão grande, tão grande, que eu fico sem reação.”
Ela também comenta sobre qual foi a reação de uma funcionária de uma unidade de saúde quando questionou a situação. “A única coisa que a atendente me disse é que 'tem mais gente bem pior do que você'", afirma.
O que diz a prefeitura
Manga anuncia, em 2021, que antiga garagem da TCS receberia complexo hospitalar em Sorocaba
Prefeitura de Sorocaba/Divulgação
A Prefeitura de Sorocaba respondeu que o edital referente à fase I da obra do Hospital Municipal da Zona Norte foi lançado em 2023. “Importante destacar que o projeto não se resume apenas à construção de um hospital, mas sim à implantação de um Complexo Hospitalar, que incluirá, além do Hospital Geral, uma Policlínica Regional e outros serviços complementares de saúde, voltados à média complexidade e à atenção especializada”, afirma o texto, sem informar quando eles serão concluídos.
“A obra está sendo executada em etapas, e a fase I, que contempla as estruturas iniciais do hospital, segue em consonância com o cronograma físico-financeiro estabelecido, com previsão de entrega até fevereiro de 2026, conforme anunciado”, garante.
“A Prefeitura de Sorocaba tem atuado para ampliar a disponibilidade de vagas, tanto por meio da valorização da capacidade instalada dos prestadores locais já contratualizados, quanto pelo desenvolvimento de novas parcerias estratégicas com instituições aptas a atender pelo SUS”, complementa o texto.
Sobre os pacientes, a prefeitura informou que eles “estão sendo acompanhados com atenção pela rede municipal. As Unidades Básicas de Saúde (UBS) envolvidas estão disponíveis para informar o andamento da regulação e os fluxos assistenciais correspondentes”.
Veto
Vereador Dylan Dantas (PL), de Sorocaba (SP)
Reprodução/TV TEM
O vereador Dylan Dantas (PL) comentou sobre o projeto que trata da questão da transparência na fila de espera da saúde e que foi vetado pelo prefeito Rodrigo Manga. “Considerando os últimos quatro anos, as filas mais do que dobraram. Recebemos constantemente os munícipes em nosso gabinete, as suas denúncias, as suas manifestações, dizendo que estão aguardando até dois anos para fazer um exame de ultrassom, que é um exame de imagens, um exame simples", lembra.
“Agora, considerando as filas para consultas com especialistas, exames de imagens, principalmente, as filas de cirurgias na cidade de Sorocaba, elas dobraram. Estamos aguardando mutirões da cidade desde o mandato passado, o que não vem ocorrendo. O nosso projeto busca dar mais transparência e publicidade, à divulgação e o detalhamento por especialidade, a quantidade de pessoas na fila e a evolução dessas filas, se reduziu, se aumentou”, afirma.
O veto deve ser analisado pela Câmara em 16 de junho.
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