Linnpy

G
G1
2h

Sintomas de crise de ansiedade: saiba como reconhecer e buscar ajuda

Sintomas de crise de ansiedade: saiba como reconhecer e buscar ajuda
Entenda os sinais físicos e emocionais da crise de ansiedade e conheça o atendimento especializado da Clínica de Psiquiatria Petrus Raulino, em Campinas. Crédito: Divulgação

Sentir ansiedade faz parte da vida, mas quando ela vem em forma de uma crise intensa, os sintomas podem ser assustadores e incapacitantes.
Muitas pessoas descrevem uma crise de ansiedade como um episódio súbito de medo extremo e desconforto físico que pode durar vários minutos.
No Brasil contemporâneo, esse problema ganhou destaque: durante o primeiro ano da pandemia de COVID-19, o país se tornou o mais ansioso do mundo, afetado pela tendência global de aumento de 25% nos casos de ansiedade e depressão, segundo a Organização Mundial da Saúde.
Esse dado alarmante reflete a importância de reconhecer e compreender os sintomas de uma crise de ansiedade.
Especialistas e psiquiatras famosos no Brasil enfatizam que identificar rapidamente os sinais de uma crise é fundamental para reagir de forma adequada e buscar ajuda quando necessário.
Embora a ansiedade em níveis moderados seja uma reação normal diante de situações estressantes, a crise de ansiedade se caracteriza por uma reação desproporcional e muito intensa.
O corpo aciona um verdadeiro “alarme” de emergência, mesmo sem um perigo real, liberando hormônios de estresse (como adrenalina e cortisol) que desencadeiam uma cascata de respostas físicas e emocionais.
Nessas horas, a pessoa pode sentir sintomas tão fortes que chega a confundir a crise com problemas de saúde graves (como um infarto) ou pensar que está “enlouquecendo”.
Para evitar esse pânico adicional e obter o cuidado correto, é essencial saber o que caracteriza uma crise de ansiedade, quais são seus sintomas típicos - físicos e emocionais - e como agir durante o episódio. Nos tópicos a seguir, exploramos em detalhes cada um desses aspectos.
O que caracteriza uma crise de ansiedade
Uma crise de ansiedade, também conhecida popularmente como ataque de ansiedade (ou até ataque de pânico nos casos graves), é uma resposta aguda do organismo a um estado de medo ou estresse extremo.
Diferente da ansiedade cotidiana, que geralmente está ligada a um motivo identificável e tende a passar quando a situação se resolve, na crise de ansiedade o sentimento surge de forma repentina e intensa, atrapalhando as atividades normais do indivíduo.
Todos os mecanismos de “luta ou fuga” do corpo entram em ação sem controle, gerando diversas reações físicas indesejadas e sensações de terror.
Alguns pontos característicos definem a crise de ansiedade: ela costuma atingir o pico rapidamente (em poucos minutos) e envolve sintomas físicos pronunciados combinados com um medo avassalador.
A pessoa pode ou não ter um gatilho claro - a crise pode ocorrer em meio a uma situação estressante específica, ou “do nada”, mesmo em repouso. Em muitos casos, quem sofre a primeira crise busca ajuda achando que teve um problema cardíaco ou neurológico, tamanha a intensidade das sensações.
De fato, os sintomas de uma crise de ansiedade frequentemente imitam condições médicas (como um infarto ou falta de ar severa), o que torna ainda mais importante entender suas características para diferenciar uma crise psicológica de uma emergência física real.
Em resumo, o que caracteriza uma crise de ansiedade é o descompasso entre a ameaça real e a reação do corpo. O “alarme” cerebral dispara sem motivo concreto, e a pessoa sente um medo intenso de que algo ruim iminente aconteça.
Esse estado pode durar de 10 a 30 minutos, geralmente, e depois os sintomas diminuem gradualmente. Contudo, o impacto emocional e físico é tão marcante que a experiência deixa a pessoa exausta e temerosa de sofrer novas crises.
Nos próximos tópicos, veremos quais sintomas específicos costumam aparecer durante essas crises, tanto no corpo quanto na mente.
Sintomas físicos mais comuns durante a crise
Crédito: Divulgação

Durante uma crise de ansiedade, o corpo manifesta diversos sintomas físicos decorrentes da ativação do sistema nervoso autônomo (resposta de luta ou fuga). Entre os sinais físicos mais comuns estão:
Taquicardia (coração acelerado): batimentos cardíacos muito rápidos ou fortes, como se o coração estivesse “saindo do peito”. Ocorre porque o organismo está se preparando para enfrentar um perigo, real ou imaginário, aumentando o fluxo sanguíneo.
Falta de ar ou sensação de sufocamento: respiração ofegante, curta e rápida, muitas vezes acompanhada de aperto no peito. A pessoa sente dificuldade para encher os pulmões de ar e pode achar que vai desmaiar por não conseguir respirar direito.
Sudorese excessiva (suor frio): transpiração abundante mesmo em ambiente frio ou estando em repouso. Mãos suadas e calafrios podem aparecer de repente, resultado da descarga de adrenalina e da oscilação da temperatura corporal.
Tremores e tensão muscular: o corpo pode tremer involuntariamente (principalmente as mãos e pernas) e os músculos podem ficar retesados, enrijecidos. São comuns dores no pescoço, ombros ou costas devido à contração muscular intensa durante a crise.
Dor ou aperto no peito: muitas pessoas sentem uma pressão forte no tórax, pontadas ou dor no peito. Esse sintoma contribui para confundir a crise de ansiedade com problemas cardíacos, aumentando ainda mais o medo.
Tontura ou vertigem: a hiperventilação - que altera níveis de gás carbônico no sangue por respirar rapidamente - e a queda da eficiência na oxigenação adequada podem provocar tontura, visão turva e sensação de desequilíbrio. Em casos extremos, há sensação de desmaio iminente (mas é raro desmaiar de fato durante a crise de ansiedade).
Náusea ou desconforto abdominal: o sistema digestivo também reage ao estresse agudo - a boca fica seca, pode ocorrer enjoo, sensação de nó no estômago, vontade de vomitar ou necessidade urgente de ir ao banheiro.
Formigamentos e extremidades frias: é comum sentir formigamento ou dormência nas mãos, pés ou rosto. Também podem ocorrer calafrios ou ondas de calor, com variações abruptas da temperatura corporal percebida.
Esses sintomas físicos podem aparecer combinados e atingir ápices em poucos minutos. É importante frisar que, apesar de serem muito desconfortáveis, eles não causam um dano físico permanente e tendem a regredir assim que a crise passa.
No entanto, durante o episódio, a pessoa realmente sente como se estivesse em grave perigo. Estudos apontam que os sinais mais relatados em crises de ansiedade incluem palpitações (taquicardia), sudorese, tremores, dificuldade para respirar, tontura e náuseas.
Reconhecer que esses sintomas vêm de uma crise de ansiedade - e não de uma condição fatal - já é o primeiro passo para retomar o controle.
Manifestações emocionais e comportamentais
Além das reações físicas, uma crise de ansiedade traz manifestações emocionais intensas. O sentimento predominante é um medo extremo, muitas vezes um medo de morrer ou de perder o controle das próprias ações.
Durante a crise, a pessoa costuma acreditar que algo terrível e iminente vai acontecer - alguns descrevem como se fossem “enlouquecer” ou ter um colapso. Esse pavor desproporcional é um dos traços marcantes da crise de ansiedade.
Outra manifestação comum é a sensação de irrealidade. A pessoa pode sentir como se estivesse desconectada de si mesma ou do ambiente, algo chamado de despersonalização ou desrealização.
É como se estivesse observando de fora o próprio corpo ou como se o mundo ao redor não fosse real, uma experiência bastante assustadora enquanto ocorre.
Pensamentos intrusivos e catastróficos podem dominar a mente - por exemplo, a convicção de que vai desmaiar, ter um ataque cardíaco, enlouquecer ou que nenhum lugar é seguro. Esses pensamentos acelerados alimentam ainda mais a ansiedade.
Comportamentalmente, cada pessoa reage de um modo: alguns ficam paralisados pelo medo, incapazes de reagir, enquanto outros entram em pânico visível, choram, hiperventilam ou tentam escapar da situação que acreditam estar causando a crise.
Pode haver também inquietação motora, como andar de um lado para o outro, mexer as mãos excessivamente ou agarrar-se a algo (buscando segurança).
Em público, a pessoa em crise às vezes procura um local isolado por vergonha ou temor de julgamentos. Já outras buscam desesperadamente ajuda de quem estiver por perto.
É importante ressaltar que essas manifestações emocionais - medo intenso, sensação de desastre iminente, estranheza em relação à realidade - são sintomas da crise de ansiedade em si.
Mesmo que pareçam “psicológicas”, elas têm origem física na reação biológica do cérebro ao estresse. Durante a crise, vale lembrar: por mais apavorantes que sejam essas emoções, elas são temporárias e irão passar conforme a reação do organismo for se acalmando.
Diferença entre sintomas passageiros e sinais de alerta
Nem todo sintoma de ansiedade indica uma crise ou um transtorno grave. É fundamental distinguir a ansiedade normal (passageira) dos sinais de alerta que indicam um problema maior.
A ansiedade normal é aquela sensação esperada diante de situações desafiadoras - por exemplo, ficar com frio na barriga antes de uma entrevista de emprego, mãos suando ao falar em público ou noites mal dormidas aguardando um resultado importante.
Esses sintomas são desconfortáveis, porém toleráveis, e costumam desaparecer assim que o evento estressante passa, dando lugar até a uma sensação de alívio e conquista.
Já os sinais de alerta surgem quando a ansiedade ultrapassa o nível considerado saudável e começa a prejudicar a vida da pessoa. Fique atento se os sintomas:
Forem desproporcionais à situação (uma preocupação exagerada sem motivo aparente);
Persistirem mesmo após o término do evento estressor, ou surgirem do nada, sem gatilho claro;
Atrapalharem sua rotina e desempenho (você deixa de fazer atividades por medo de sentir os sintomas);
Se tornarem frequentes ou imprevisíveis, com crises recorrentes de ansiedade intensa.
Quando a ansiedade se manifesta dessa forma patológica, a reação é muito maior do que o estímulo que a desencadeou - causa sofrimento acentuado, altera o comportamento normal e compromete atividades do dia a dia.
Por exemplo, é natural ficar ansioso antes de uma viagem; porém, se a ansiedade for tanta que você cancela a viagem ou passa mal dias antes, isso já indica um sinal de alerta.
Crises de ansiedade frequentes não devem ser ignoradas. Nesse caso, a ansiedade deixa de ser uma aliada que nos protege de perigos e passa a ser ela própria o perigo que ameaça nosso bem-estar.
Em outras palavras, sintomas passageiros de ansiedade todos nós temos - e eles vêm e vão. Mas se você percebe que vive constantemente em estado de alerta, ou que já teve várias crises fortes que fogem do seu controle, é hora de considerar procurar ajuda profissional.
A diferença básica entre ansiedade normal e patológica está no grau de intensidade e na interferência na qualidade de vida: o que é pontual e leve faz parte da experiência humana, enquanto o que é persistente, intenso e incapacitante precisa de atenção especial.
Como agir durante uma crise: estratégias e orientações
Crédito: Divulgação

Enfrentar uma crise de ansiedade não é fácil, mas existem estratégias práticas que podem ajudar a aliviar os sintomas até que o pico de ansiedade passe. Confira algumas orientações de especialistas para agir durante a crise:
Respire fundo e devagar: Concentre-se imediatamente na sua respiração. A hiperventilação (respirar rápido demais) piora sintomas como tontura e falta de ar.
Procure fazer inspirações profundas pelo nariz, contando até 4, e depois expirar lentamente pela boca, contando até 6 ou 8 segundos.
Repetir essa técnica algumas vezes ajuda a reduzir os batimentos cardíacos e a sensação de sufocamento, sinalizando ao corpo que ele pode começar a se acalmar.
Mude o foco da mente: Durante a crise, a mente tende a ficar presa em pensamentos negativos e no medo. Tente quebrar esse ciclo de pensamentos direcionando sua atenção a outra coisa.
Você pode, por exemplo, conversar com alguém próximo sobre qualquer assunto corriqueiro (ou ligar para uma pessoa de confiança), descrever em voz alta o ambiente à sua volta, ou ainda realizar um pequeno cálculo mental (como contas simples) para se distrair.
Uma dica clássica é contar de 1 até 10 repetidamente ou focar em objetos e detalhes ao redor (nomeando cores, formas). Essas técnicas de distração ajudam a mente a se desconectar do medo por instantes, reduzindo a espiral de pânico.
Relaxe gradualmente os músculos: Perceba se seu corpo está todo tenso - é comum, durante a crise, ficarmos com os ombros erguidos, punhos cerrados ou mandíbula travada sem notar. Tente soltar esses grupos musculares conscientemente.
Desencolha os ombros, descruze os braços, mexa o pescoço lentamente. Pequenos alongamentos ou mesmo um leve movimento, como balançar as pernas, podem aliviar a tensão acumulada.
Ao combinar o relaxamento muscular com a respiração controlada, você envia sinais de tranquilidade para o cérebro, acelerando o fim da crise.
Afaste-se do gatilho, se possível: Se a crise foi desencadeada por alguma situação identificável (um local muito lotado, barulhento ou uma discussão, por exemplo), saia desse ambiente se tiver condições.
Ir para um lugar mais calmo ou arejado pode ajudar a recobrar o controle mais rápido. Caso não seja possível sair fisicamente, tente mentalmente se afastar visualizando um lugar seguro ou lembrando-se de algo que acalme. O importante é reduzir a exposição ao estímulo estressante imediato.
Outras dicas rápidas: Algumas pessoas consideram útil técnicas de aterramento sensorial, como segurar um cubo de gelo, lavar o rosto com água fria ou cheirar um aroma forte (como óleo de lavanda) para “despertar” os sentidos e interromper o pânico.
Identificar um objeto à sua vista e descrevê-lo em detalhes também pode centrar seus pensamentos no presente. Descubra qual técnica funciona melhor para você e tenha-a como carta na manga para esses momentos.
Lembre-se de que essas estratégias não “curam” a ansiedade, mas são medidas de primeiros socorros emocionais para atravessar a crise com mais segurança. Cada pequena ação de autocuidado durante o pico de ansiedade contribui para reduzir a duração e a intensidade da crise.
Praticar essas técnicas mesmo fora dos momentos de crise (como treinar a respiração diafragmática diariamente) pode torná-las mais eficazes quando você realmente precisar.
Poder de enfrentamento aos sintomas da crise de ansiedade
Crédito: Divulgação

Os sintomas de uma crise de ansiedade podem ser avassaladores, mas conhecer esses sinais e saber como agir oferece poder de enfrentamento. Identificar uma crise pelo que ela é - um alarme falso do corpo - ajuda a pessoa a não entrar em desespero ainda maior e a aplicar técnicas de autocontrole até que a onda de ansiedade diminua.
Neste artigo, vimos que os sintomas incluem desde manifestações físicas intensas (taquicardia, suor, tremores, falta de ar, etc.) até sentimentos de medo extremo e pensamentos catastróficos.
Também abordamos estratégias práticas para manejar a situação no momento crítico, como respiração controlada e redirecionamento da atenção.
É importante destacar a visão do Dr. Petrus Raulino, dono da Clínica de Psiquiatria Petrus Raulino e renomado psiquiatra brasileiro, sobre a saúde mental. Ele ressalta que “não há saúde sem saúde mental”, enfatizando que transtornos de ansiedade e crises relacionadas devem ser tratados com a devida seriedade e sem estigmas.
Em seus materiais educativos, a Clínica de Psiquiatria Petrus Raulino aborda o enorme impacto que os transtornos mentais têm na qualidade de vida - afetando milhões de pessoas - e defende a necessidade de combater mitos e procurar tratamento adequado.
Um ponto importante que ele destaca é que ter ansiedade não define quem você é: mesmo enfrentando sintomas intensos, o indivíduo continua tendo suas qualidades, capacidades e identidade própria; com o acompanhamento certo, é possível recuperar o equilíbrio e superar as crises.
Essa mensagem encorajadora reforça que buscar ajuda não é sinal de fraqueza, mas sim um passo essencial para retomar o bem-estar.
Por fim, fique atento aos sinais de alerta. Se você tem crises de ansiedade frequentes ou sintomas muito intensos, que atrapalham sua rotina e trazem sofrimento, não hesite em procurar ajuda especializada.
Um médico psiquiatra e/ou um psicólogo poderão avaliar se há um transtorno de ansiedade subjacente (como síndrome do pânico, ansiedade generalizada, fobias) e indicar o tratamento adequado.
Atualmente, existem terapias eficazes e, se necessário, medicações seguras que controlam os sintomas e devolvem a qualidade de vida ao paciente. Conviver com ansiedade intensa ou persistente não precisa ser a sua normalidade - com apoio profissional, é possível controlar as crises, aprender técnicas de manejo do estresse e viver de forma mais tranquila.
Lembre-se: informar-se já é um grande passo, e você não está sozinho nessa jornada para uma saúde mental melhor. Cada esforço para compreender e enfrentar a ansiedade vale a pena no caminho do bem-estar.
Clínica de Psiquiatria Petrus Raulino
? Endereço:
Rua Avelino Silveira Franco, 149 – Sala 451
Condomínio L’Office: Ville Sainte Héléne – Sousas
Campinas/SP – CEP: 130105-522 – Brasil
? Telefone: (19) 3252-2024
? E-mail: petrusraulino.atendimento@gmail.com
? Mais informações:
Site oficial
Facebook
Instagram
LinkedIn
YouTube

Para ler a notícia completa, acesse o link original:

Ler notícia completa

Comentários 0

Não há mais notícias para carregar