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Nico: filme brasileiro com Murilo Benício e Kevin Vechiatto é gravado no interior de SP: ‘É a raiz daqui mesmo’, diz diretora

Nico: filme brasileiro com Murilo Benício e Kevin Vechiatto é gravado no interior de SP: ‘É a raiz daqui mesmo’, diz diretora
A diretora Mariana Youssef, além dos protagonistas, Murilo Benício e Kevin Vechiatto, conversaram com g1 e deram mais detalhes dos bastidores das gravações que tiveram as cidades de Tatuí e Tietê, no interior de SP, como cenários nas gravações. NICO, filme brasileiro com Murilo Benício e Kevin Vechiatto é gravado na região de Itapetininga (SP)
Divulgação/Stella Carvalho
Cenários e ambientes comuns ao olhar dos moradores de Tatuí e Tietê, no interior de SP, receberão um novo significado, isso porque eles foram escolhidos para fazerem parte de um novo longa-metragem brasileiro: NICO.
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Após cinco semanas, as gravações para o filme, que tem como protagonistas Murilo Benício e Kevin Vechiatto, contracenando como pai e filho, foram finalizadas neste mês. Ao g1, a diretora Mariana Youssef deu mais detalhes sobre os bastidores do longa foi contemplado pela Lei Paulo Gustavo, de incentivo à cultura.
“Uma das premissas do prêmio e da lei é a gente filmar no interior de São Paulo. Então, foi uma conjunção astral maravilhosa, um roteiro que é um road movie, que foi contemplado por esse prêmio, com essa diretriz”.
“A gente não veio para o interior só para cumprir a premissa da lei. A gente veio no interior de São Paulo porque é o interior de São Paulo. É uma coisa que não é muito vista, não é muito filmada. Então, todas essas ambientações, a gente buscou locações muito próprias daqui”, continua.
Tatuí, no interior de SP, foi a cidade escolhida para ser cenários das filmagens do longa brasileiro NICO
Reprodução/internet
?️Do interior para o cinema brasileiro
Como o apoio da direção de arte, as cenas foram reproduzidas em prédios e ambientes já existentes no interior. “É um trabalho que foi feito em cima de uma matéria-prima que estava pronta. A gente não quis descaracterizar nada, tudo que vocês vão ver no filme é a raiz daqui mesmo”.
Misturas de paisagens, estradas, imóveis e comércios locais aparecem no longa. “É uma colcha de retalhos, cada um desses lugares que eles vão passando. Isso é uma particularidade do filme e muito gratificante”.
Questões logísticas facilitaram para que as cidades da região de Itapetininga (SP) fossem escolhidas. Dentre os ambientes do interior, Associação Atlética XI Agosto e a Praça de Alimentação Municipal, ambos no Centro de Tatuí, foram escolhidos. Enquanto hotéis localizados em Tietê fizeram parte.
“A gente escolheu Tietê, Tatuí, e aqui ao redor, tem umas cidadezinhas, as partes de estrada. Aqui tinha muitas das coisas que a gente precisava, foi o lugar que mais atendeu aos quesitos produção e artístico”, comenta a diretora.
Associação Atlética XI Agosto de Tatuí (SP) aparece nas cenas do filme
Reprodução/Google Maps
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?Estilo das cenas
Ao longo do filme, a estrada se torna também um personagem principal para compor a história. Mariana Youssef dá mais detalhes sobre o estilo das cenas: “O road movie é um gênero, eu chamo de subgênero, onde a estrada acaba por representar uma jornada, uma trajetória, uma vida”.
“Talvez um dos clichês mais antigos, mas ela é um personagem que materializa, eu acho, esses diferentes estágios pelos quais os personagens vão passando de conexão, de conflitos, onde os conflitos da vida acabam sempre migrando para o mesmo lugar”.
Uma referência de filme no estilo road movie, é o clássico Pequena Miss Sunshine (2006), um dos filmes favoritos da Mariana. “Acho que a dinâmica de um filme assim é onde esses personagens entendem, absorvem e o espectador também bota em prática o que aconteceu ali anteriormente... A estrada é o nosso lugar de reflexão na vida”.
Mariana conta sobre a temática da obra: “É um filme que fica muito em cima do pai e do filho, do Nico e do Márcio e aconteceu uma coisa muito legal entre eles. Então, eu acho que assisti os dois atores muito conhecidos por personagens muito marcantes: um foi o Cebolinha (Kevin Vecchiato), o outro o Tufão (Murilo Benício)”.
NICO, filme brasileiro com Murilo Benício e Kevin Vechiatto é gravado na região de Itapetininga (SP)
Divulgação/Stella Carvalho
❤️História de pai e filho
Murilo Benício dá vida a Márcio, pai de Nico e comediante que um dia sentiu o gostinho do sucesso e, hoje, vive uma crise de meia-idade. Ao g1, o ator relembra quais aspectos do personagem relembram outros já vividos por ele. “Uma coisa muito de humor no Márcio, que eu já explorei em alguns momentos na minha carreira. Já fiz algumas novelas com humor, já fiz outros filmes também”.
Sobre a característica do personagem, Murilo Benício descreve: “Eu não acho que o Márcio seja um pai ausente porque quer, eu acho que ele não consegue ser melhor, porque de certa forma, ele é de uma educação antiga, em que o pai não demonstrava tanto afeto para o filho e ele herdou isso”.
NICO, filme brasileiro com Murilo Benício e Kevin Vechiatto é gravado na região de Itapetininga (SP)
Divulgação/Stella Carvalho
“Ele até verbaliza que ficou distante porque ele achava que ele atrapalhava o filho de tanto constrangimento que ele fez o filho passar. Então, eu não acho que ele é um pai ausente por natureza, é por experiência de vida”, continua.
?Experiências improváveis
O ator conheceu novos lugares do interior devido às filmagens. ”Eu gosto muito de ir nesses lugares improváveis para mim, tenho amigos de Tatuí, por exemplo, a Vera Holtz, que todo mundo conhece e (o município) é famoso porque ela mesmo fala muito de Tatuí”.
Márcio, personagem do Murilo Benício, é carioca, assim como o ator, então, as gravações no interior proporcionam uma nova experiência. “A nossa profissão dá essa oportunidade de você viver essas experiências muito improváveis, que são muito interessantes. Você já chega vivendo o cotidiano da cidade, conhece os lugares que as pessoas costumam frequentar e claramente muito diferente de uma cidade grande. Tem todo esse charme que você conhece e isso é muito legal”.
O ator Kevin Vechiatto nasceu na grande SP, mas conta ao g1 que tem memórias no interior. “Minha infância e adolescência foi no interior, foi em sítio, foi no mato. E é gostoso estar aqui, Tatuí é uma cidade muito gostosa, fora que a gente foi muito bem recebido, todas as pessoas foram incríveis”.
NICO, filme brasileiro com Murilo Benício e Kevin Vechiatto é gravado na região de Itapetininga (SP)
Divulgação/Stella Carvalho
?️Impacto ao público
Ele interpreta Nico, que personagem que dá o nome a obra. “NICO conta uma história muito bonita e retrata uma relação que a gente pode enxergar dentro de casa, não só com o pai, mas com qualquer outro familiar, ou às vezes nem familiar, um amigo, porque a gente entende que não é tarde pra tentar estar junto com uma pessoa que você ama”.
“Ou então, às vezes a gente tem uma visão meio distorcida de si próprio, o que acontece com o Márcio, ele imaginando que não é um bom pai, o Nico achando que ele nunca vai conseguir nada… muitos fatores importantes dentro dessa história que eu acho que pode impactar positivamente nas pessoas que vão assistir”, continua.
A relação entre os dois personagens no filme se torna um dos conflitos principais, reforça o protagonista Kevin. “São gerações diferentes, né? Então rola esse conflito sobre o que a gente sempre fala desde o início do filme, o que é a masculinidade para cada um deles, o Nico eu vejo que ele é um personagem menos preso a isso, já o Márcio, tem uma visão um pouco mais retrógrada”.
Mesmo com esses conflitos na trama, a diretora do filme descreve ser um registro diferente. “Um filme divertido, ao mesmo tempo, é muito profundo, porque é essa relação pai-filho é uma coisa universal, isso se transpõe para a relação mãe e filha, mãe e filho, pai e filha, família e assim vai. E toda relação que, de alguma maneira, precisa chegar em um equilíbrio. Então é muito legal, é um filme leve”, finaliza Mariana Youssef.
Murilo Benício, Kevin Vechiatto e Leandra Leal
Divulgação/Stella Carvalho
?Sinopse do filme
Ainda sem data prevista para estreia, o filme NICO acompanha um pai e um filho que mal se conhecem, forçados a dividir um carro em uma viagem inesperada. De um lado, um adolescente desconstruído, do outro, um comediante quarentão em crise. No caminho, o que parecia um desastre se transforma em uma chance improvável de conexão.
Trama é assinada pelo roteirista Filipe Serra, com direção de Mariana Youssef, produção da LB Entertainment, com coprodução da +Galeria e do grupo Telefilms e distribuição da +Galeria.
Além de Kevin Vechiatto e Murilo Benício, a atriz Leandra Leal vive Leila, a mãe de Nico e ex-mulher de Márcio, enquanto Claudia Missura, Clarisse Abujamra, Karol Lannes, Júlia Perré e Marcelo Mansfield também fazem parte do elenco.
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