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PM filmado atropelando homem no meio da rua no Paraná: um ano após morte, polícia começa nova investigação sobre o caso

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PM filmado atropelando homem no meio da rua no Paraná: um ano após morte, polícia começa nova investigação sobre o caso
Em 2024, Justiça Militar indiciou PM por homicídio qualificado e outros crimes. Em 2025, TJ decidiu que caso vai para justiça comum e MP determinou que Polícia Civil abra nova investigação. Defesa do policial alega que atropelamento foi acidente. Viatura da PM atropela homem no meio da rua
Praticamente um ano após Alcione Antonio Rosa Pires morrer depois de ser atropelado por uma viatura da Polícia Militar (PM) no meio da rua, o Ministério Público do Paraná (MP-PR) determinou que a Polícia Civil abra uma nova investigação sobre o caso.
O pedido foi feito em 24 de abril de 2025, após o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) decidir que o caso deve tramitar na justiça comum. Nesta quarta-feira (14), 20 dias depois do pedido do MP, a Polícia Civil informou ao g1 que "foi notificada do pedido e que o caso será investigado".
O atropelamento aconteceu em 30 de abril de 2024 em Guarapuava, na região central do estado, e foi registrado por câmeras de segurança. Assista acima.
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As imagens mostram a vítima caminhando lentamente no meio da rua. Alguns veículos desviam, até que a viatura da PM atinge o homem, que cai ao chão. Na sequência, os policiais descem do carro para verificar a situação. Alcione foi levado a um hospital, mas quatro dias depois teve morte cerebral confirmada.
O advogado de defesa dos PMs alega que o atropelamento foi um acidente.
Inicialmente, foi aberto um Inquérito Policial Militar - investigação interna da PM, no âmbito da Justiça Militar. Em junho de 2024 o relatório final foi apresentado e, nele, a corporação optou por indiciar os dois policiais que estavam na viatura por crimes previstos no Código Penal Militar, como homicídio, falsidade ideológica e fraude processual. Veja os detalhes mais abaixo.
O documento foi encaminhado ao Ministério Público (MP), e tramitou por diversos setores. Em setembro, o promotor Mauro Alcione Dobrowolski, de Guarapuava, avaliou que não houve dolo por parte dos policiais; ou seja, entendeu que não houve a intenção de matar.
O processo, então, foi para avaliação da Justiça - que manteve o entendimento da PM e decidiu encaminhar o caso para a justiça comum.
Com isso, a promotora do MP Dúnia Serpa Rampazzo determinou que uma nova investigação deverá iniciada pela Polícia Civil, que deve ouvir novamente as testemunhas e colher provas para o inquérito.
Ao g1, a Polícia Civil informou que foi notificada do pedido e que "o caso será investigado". No entanto, a corporação não respondeu aos questionamentos de quando a notificação foi recebida e se as investigações já iniciaram.
O MP optou por não se manifestar sobre o caso.
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Também ao g1, a Polícia Militar informou que policiais investigados continuam na ativa, e que o procedimento administrativo ainda está em andamento.
Questionada se eles estão trabalhando na rua ou na área administrativa, a corporação disse que "em respeito ao princípio da presunção da inocência, eles seguem em suas respectivas funções".
No Portal da Transparência, consta que o PM que dirigia a viatura integra o quadro da corporação desde 2012, e o que estava como passageiro do veículo, desde 2006.
PM indiciou policiais por crimes previstos no Código Penal Militar
MP pede investigação na morte de homem em situação de rua
No relatório final do Inquérito Policial Militar, os policiais que estavam na viatura foram indiciados no âmbito da Justiça Militar.
No documento, a PM afirma que o motorista da viatura "veio a lançar a mesma" em direção ao pedestre, "vindo a resultar na queda do mesmo sobre a via asfáltica, continuando a viatura seu curso, passando sobre o corpo da vítima".
"Ato contínuo, o condutor engatou marcha ré na viatura policial, vindo a passar por sobre o corpo da vítima uma segunda vez", complementa o relatório.
O inquérito policial militar também indica que os dois PMs envolvidos tentaram convencer testemunhas a declararem que a vítima caiu.
Devido às constatações, ao soldado Ariel Machado de Moraes, que dirigia o veículo, foram atribuídos os crimes de homicídio doloso (quando se assume o risco de matar) e qualificado (por fator surpresa), falsidade ideológica (por inserir declaração falsa em documento a fim de alterar a verdade) e fraude processual (por tentar influenciar testemunhas).
O cabo Hildebrante Pereira Paiva Junior, que estava como passageiro na viatura, foi indiciado por falsidade ideológica (por inserir declaração falsa em documento a fim de alterar a verdade) e fraude processual (por tentar influenciar testemunhas).
Zilmo Girotto, advogado que atua na defesa dos policiais, afirma que "o que ocasionou o acidente não foram os policiais", frisando que o atropelamento foi um acidente.
"Eles viram o Alcione, tentaram entrar à direita para parar a viatura para orientar ele, e quando eles foram virar à direita infelizmente o Alcione se direcionou para o mesmo lado e acabou ocorrendo o atropelamento", afirma.
Relembre o caso
Alcione Antonio Rosa Pires foi atropelado por uma viatura da Polícia Militar em Guarapuava
Reprodução/Arquivo pessoal
No dia 30 de abril de 2024, câmeras de segurança flagraram uma viatura da PM de Guarapuava atropelando o pedestre Alcione Antônio Rosa Pires, de 40 anos. Ele estava caminhando no meio da rua quando foi atingido pelo veículo por volta das 12h30, no bairro Conradinho.
O homem foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Primavera e depois transferido para o Hospital São Vicente, em estado grave, com um traumatismo craniano.
No dia 4 de maio, Alcione teve a morte cerebral confirmada pela equipe do hospital
Passado mais de um ano do caso, a família do homem afirma aguardar uma resposta da Justiça.
"Eu espero que eles paguem por tirar a vida do meu irmão, que vão presos, que paguem na Justiça. [...] Só quem perde [um ente querido] sabe a dor da perda. [...] E saber que 'os caras' estão em casa, que mataram o meu irmão e estão em casa sem pagar pelo que fizeram... [...] As imagens falam, deu pra ver que eles quiseram jogar o carro em cima dele", afirma o irmão da vítima, Rodolfo Pires.
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