Quadrilha envolvida em golpes contra idosos e pessoas com deficiência volta a ser alvo de operação; grupo teria movimentado R$ 5 milhões e feito mais de 100 vítimas

Dinheiro em espécie, cartões bancários, documentos, notebooks, celulares, simulacros de arma de fogo, 15 veículos e duas motocicletas foram apreendidos em Juiz de Fora, Matias Barbosa, Mogi das Cruzes (SP) e Ferraz de Vasconcelos (SP). Quadrilha envolvida em golpes volta a ser alvo de operação em Juiz de Fora
Uma quadrilha suspeita de aplicar golpes contra idosos e pessoas com deficiência voltou a ser alvo de uma operação da Polícia Civil nesta quinta-feira (23), em Juiz de Fora. O grupo é investigado por fraudes bancárias, estelionato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. A estimativa é que tenham movimentado R$ 5 milhões e feito mais de 100 vítimas.
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Ao todo, na segunda fase da ação, chamada "Ouro de Tolo", foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão em Juiz de Fora, Matias Barbosa, Mogi das Cruzes (SP) e Ferraz de Vasconcelos (SP).
Veja abaixo o balanço:
Dinheiro em espécie, cartões bancários, documentos, notebooks, celulares, simulacros de arma de fogo, 15 veículos e duas motocicletas foram apreendidos;
Quatro pessoas foram conduzidas para prestar esclarecimentos na 5ª Delegacia de Polícia Civil em Juiz de Fora;
O Poder Judiciário determinou o bloqueio de contas bancárias, de pessoas físicas e jurídicas investigadas, até o valor de R$ 5 milhões, para garantir ressarcimento às vítimas e ao sistema financeiro;
Também foram impostas medidas cautelares, como a proibição de contato entre investigados e vítimas e o afastamento das residências destas em raio inferior a 500 metros.
Os levantamentos contaram com o apoio da Polícia Civil do Estado São Paulo (PCESP), por meio do Grupo de Operações Especiais (GOE).
Coletiva 2ª fase da Operação Ouro de Tolo em Juiz de Fora
Elton Moreira/TV Integração
Como a quadrilha agia?
De acordo com a Polícia Civil, as investigações apontam a existência de três núcleos com funções específicas:
Núcleo bancário: responsável por fraudes em empréstimos e transferências de contas, com a participação de funcionários de uma instituição financeira;
Núcleo do golpe do financiamento: atuava com financiamentos fraudulentos em nome de vítimas, com apoio de revendedores de veículos;
Núcleo de falsidade ideológica: inseria dados falsos em sistemas bancários para viabilizar os crimes.
"Os suspeitos abordavam vítimas com pouca instrução e ofereciam vantagens financeiras. Obtinham o consentimento delas para gravar vídeos usados em sistemas de reconhecimento facial, o que permitia abrir contas, contratar empréstimos e realizar transferências sem o conhecimento dos titulares", explicou a Polícia Civil.
Até o momento, seis pessoas, de 30 a 47 anos, foram formalmente indiciadas por participação no esquema.
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Possíveis vítimas
A delegada responsável pela investigação, Bianca Mondaini, recomenda que idosos e pensionistas verifiquem regularmente extratos bancários e contracheques.
"Identificamos casos em que a portabilidade de conta ocorreu sem o consentimento das vítimas, redirecionando benefícios para instituições ligadas aos criminosos", informou.
Quem desconfiar de ter sido vítima deve procurar a 5ª Delegacia de Polícia Civil, na Rua Nossa Senhora de Lourdes, 373, no Bairro Nossa Senhora de Lourdes, em Juiz de Fora.
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