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Creches de Sorocaba recebem luvas abaixo do necessário e servidores relatam riscos na troca de fraldas

Creches de Sorocaba recebem luvas abaixo do necessário e servidores relatam riscos na troca de fraldas
Prefeitura nega a ocorrência do problema. Há casos, segundo os servidores, que se opta pelo uso de luvas em apenas uma das mãos. Creches de Sorocaba (SP) recebem luvas abaixo do necessário e servidores relatam riscos na troca de fraldas
Arquivo Pessoal
Servidores públicos denunciaram de Sorocaba (SP) denunciaram que as creches do município estão recebendo menos luvas do que precisam para passar o mês. A situação tem gerado preocupação entre os funcionários, que temem por eventuais contaminações, uma vez que, sem o uso do Equipamento de Proteção Individual (EPI), correm o risco de contato direto com fezes e urina das crianças.
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Ao g1, uma das denunciantes, que preferiu não se identificar, relatou que a unidade em que ele trabalha atende mais de 120 crianças, sendo que a maioria faz uso de fraldas mais de uma vez por dia. Há casos onde são feitas quatro trocas de fraldas diariamente.
Somente em uma das salas, são usados, em média, 64 luvas por dia. Por mês, essa mesma sala utiliza mais de 1.350. Assim, somente nesta unidade, as luvas distribuídas pela prefeitura apenas nesta sala dariam, com sobra, pouco mais de 100 unidades.
“Oficialmente, é enviado 15 caixas com 100 unidades cada, ou seja, 1.500 luvas para o mês, número insuficiente de EPI obrigatório para o número de crianças matriculados na unidade”, diz um servidor. Ele conta que o número já foi menor.
“Quando acabam as luvas, infelizmente, a gente é obrigado a fazer a troca sem esse item de proteção, porque não dá pra deixar a criança sem trocar, né? A gente vai na outra sala, empresta. Tem vezes que a gente usa até aquela luva que não é a própria. É uma que vem pra gente usar na hora do refeitório, mas também é uma que sempre tá faltando, mas acaba a troca sendo feita sem a luva”, lembra outro servidor.
Há ainda relatos de que, em algumas unidades, as luvas não ficam em local de fácil acesso, e os servidores precisam solicitar o material a cada uso. Estes funcionários dizem que não é raro o contato com fezes e urina em função da situação. Um deles relatou estar com micose em uma das unhas.
“Quando é xixi, a gente acaba usando uma luva só para economizar, mas é se colocar em risco, pois luvas são um EPI de uso obrigatório”, lembra.
De acordo com um relatório do gerenciamento de risco elaborado para a Prefeitura de Sorocaba, com foco no auxiliar de educação, ao qual o g1 teve acesso, o risco de doenças infecciosas na higienização de crianças é improvável, desde que com uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI).
“Pode haver contato com microrganismos na atividade acima relacionada, porém não caracterizando nocividade à saúde do trabalhador devido à adoção e uso sistemático de EPI's”, diz o documento.
O g1 procurou o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Sorocaba (SSPMS) para falar sobre eventuais ações em favor dos profissionais. Segundo os servidores, a entidade sabe do problema desde o ano passado. O sindicato confirmou a situação.
"Já acionamos oficialmente a Prefeitura Municipal de Sorocaba, via ofício, sobre a falta de material mínimo de trabalho, como o caso das luvas. Ainda não obtivemos resposta", diz a entidade.
Já a Prefeitura de Sorocaba, por meio da Secretaria da Educação (Sedu), informou que a denúncia não procede e que, “havendo qualquer necessidade pontual, o diretor da unidade escolar está orientado a informar a seção de Saúde Escolar, que providenciará prontamente o atendimento da demanda”.
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