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Roraima lidera taxa de homicídios de mulheres do Brasil, aponta Atlas da Violência

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Roraima lidera taxa de homicídios de mulheres do Brasil, aponta Atlas da Violência
Estado tem índice de 10,4 homicídios femininos para cada 100 mil habitantes. Dados foram divulgados nessa segunda-feira (12) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) e são referentes aos registros do ano de 2023. Em 2023, Roraima registrou índice de 10,4 homicídios de mulheres para cada 100 mil habitantes.
Getty Imagens/Arquivo
Roraima foi o estado com a maior taxa de homicídios de mulheres do país em 2023, com 10,4 casos para cada grupo de 100 mil habitantes, segundo os dados mais recentes do Atlas da Violência, divulgado nessa segunda-feira (12) pelo Fórum Brasileira de Segurança Pública.
Segundo o levantamento, em números absolutos, 31 mulheres foram assassinadas no estado ao longo de 2023. O número de vítimas foi o mesmo do ano anterior, o que manteve a taxa inalterada pelo segundo ano seguido.
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O Atlas revela que as maiores taxas foram encontradas em estados da região amazônica. No topo do ranking, além de Roraima, estão o Amazonas e Rondônia, ambos com o índice de 5,9 homicídios por 100 mil habitantes.
➡️ Das 31 vítimas roraimenses, 12 eram indígenas e 15 eram pardas. As outras quatro mulheres não tiveram a raça informada no levantamento.
Para o estudo, por não basearem em autodeclaração, as notificações de mortalidade indígena na Amazônia tendem a se perder na categoria “parda”. Por isso, é possível que o assassinato dessas mulheres esteja subnotificado.
Um dos assassinatos de 2023 foi o da jovem Juliane Feitosa de Araújo, de 24 anos. Ela foi morta a tiros em frente à própria casa no bairro Silvio Leite, na capital Boa Vista. Um inquérito da Polícia Civil apontou três suspeitos de participação no crime: um ex-cunhado de Juliane, apontado como mandante, e mais dois homens.
Antonia Sousa morreu com um tiro na cabeça na calçada de sua casa
Reprodução
Outro caso foi o de Antônia Araújo de Sousa, de 52 anos, mãe de uma das filhas do ex-senador da República Telmário Mota, suspeito de ter mandado matá-la. Ele foi preso em regime fechado no mesmo ano, mas passou a cumprir prisão domiciliar em abril de 2025.
Antônia de Sousa foi assassinada com um tiro na cabeça no dia 29 de setembro de 2023, quando saía de casa para trabalhar, no bairro Senador Hélio Campos, também zona Oeste de Boa Vista.
A vítima era uma das principais testemunhas sobre as investigações que envolviam uma acusação de estupro contra o ex-senador, segundo a Justiça. A denúncia foi feita pela filha dele, em 2022. Antonia foi assassinada três dias antes de uma audiência sobre o caso.
O Atlas da Violência é um relatório anual produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), do governo federal, e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).
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Um dos anos mais letais
Os dados mostram que 2023 foi um dos anos mais letais para as mulheres em Roraima desde 2013, quando foram 36 vítimas de violência. Nesses dez anos, foram 344 assassinatos femininos (veja a distribuição por ano no gráfico abaixo).
O ano com o maior número de homicídios femininos foi 2018, quando 53 mulheres foram assassinadas no estado. À época, a taxa foi de 21,1 homicídios para cada 100 mil habitantes — o índice foi o mais elevado do país.
Homicídios femininos no Brasil
A taxa de homicídios de mulheres em Roraima também é quase três vezes maior do que a nacional: no Brasil, o índice foi de 3,5 homicídios de mulheres por 100 mil habitantes. O número de mulheres assassinadas cresceu 2,5% entre 2022 e 2023, passando de 3.806 para 3.903 em todo o país.
➡️ De acordo com o Atlas da Violência, quase 1/3 dos homicídios de mulheres aconteceram dentro da casa delas.
Em todo o país, as mulheres negras são as que mais morrem de forma violenta. Das 3.903 mulheres assassinadas em 2023, 2.662 eram negras, o que representa 68,2% do total.
A taxa de mortes de mulheres negras é de 4,3, enquanto é de 2,5 para as mulheres não negras. O risco de uma mulher negra ser assassinada no Brasil é 1,7 vezes maior do que o de uma mulher branca, segundo o Atlas da Violência.
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